21/08/2023
Será realizado de 23 a 25 de agosto, no Hotel Windsor Oceânico, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o 3rd Internacional & SRS Latam Robotic Surgery e 2º COLCIR Congress onde serão apresentadas e debatidas as maiores novidades mundiais da cirurgia robótica e digital, conexão entre cirurgia digital e realidade aumentada, realidade virtual metaverso e medicina em terceira dimensão. Tudo que parecia futuro, mas que finalmente se tornou realidade, e começa a ser aplicado ao dia-a-dia do cirurgião nos melhores centros médicos do mundo, inclusive no Brasil.
Uma das grandes novidades que será apresentada neste congresso é o sistema MARS, da empresa Levita Magnetics, ainda inédito no Brasil. Uma plataforma robótica projetada para beneficiar principalmente pacientes, mas também cirurgiões e hospitais, direcionada ao mercado de cirurgias abdominais de alto volume, que acabou de receber aprovação do FDA, nos Estados Unidos. Aproveitando o poder de ímãs e novas tecnologias, o MARS foi projetado para ocupar espaço reduzido, para caber em salas de cirurgia já existentes e até de cirurgia ambulatorial.
Apesar de mais compacto o MARS permite maior controle dos instrumentos pelo cirurgião (reduzindo em tese a necessidade de um assistente adicional) e o Sistema Cirúrgico Magnético permite a retração de tecidos e órgãos grandes, como o fígado, próstata ou colon, aumentando a aplicabilidade do equipamento.
“O MARS tem o potencial de remodelar a indústria cirúrgica e mudar para sempre a medicina”, afirma o Dr. Alberto Rodriguez-Navarro, cirurgião, fundador e CEO da Levita Magnetics, que estará no Rio para o congresso.
Além dele, teremos as novidades sobre as plataformas que já estão em uso no Brasil – Da Vinci, Versius e Hugo, que não param de evoluir e trazer novas funcionalidades e aplicações. A Medtronic vai mostrar o Hugo RAS. O RAS é um sistema de última geração para cirurgia minimamente invasiva.
Durante os procedimentos com o sistema Hugo RAS, o cirurgião senta-se em frente a um console aberto que exibe visão 3D de alta-definição do campo cirúrgico e permite controlar com precisão os braços e instrumentos robóticos, sem perder a comunicação visual com a equipe da sala de cirurgia.
O sistema Hugo foi projetado exclusivamente como um sistema RAS modular e flexível e recursos poderosos de análise de dados, incluindo o Touch Surgery™ Enterprise, que revoluciona o processo de gravação, armazenamento e análise de vídeos cirúrgicos.
O sistema Hugo™ está preparado para suportar cirurgias minimamente invasivas complexas com instrumentos de sete graus de liberdade, compatibilidade com a plataforma de energia Valleylab™ FT10 e expansão planejada do portfólio futuro com tecnologias de grampeamento e energia da Medtronic.
O mercado brasileiro de cirurgia robótica, apesar das enormes dificuldades econômicas pelas quais passa o Brasil, continua crescendo e recebendo novas plataformas. O primeiro robô a chegar ao Brasil foi o Da Vinci, da empresa Intuitive.
As plataformas robóticas Da Vinci® foram pioneiras, transformando o campo da cirurgia minimamente invasiva através de contínua inovação, e hoje já está em sua 4ª geração. O principal sistema da 4ª geração, que oferece acesso a mais alta tecnologia e uma solução integrada, é o Sistema Da Vinci XI, que estará presente também no Congresso.
Os principais diferenciais do sistema Da Vinci XI estão na configuração guiada e flexível para um melhor posicionamento do paciente, no acesso a múltiplos quadrantes, possibilitando ao cirurgião acessar regiões diferentes do paciente sem precisar reposicionar o sistema, na visão 3DHD aprimorada (1080p), no portfólio expandido de instrumentos, incluindo pinças de energia avançada como Synchroseal e Vessel Sealer Extend, grampeadores Sureform com tecnologia Smartfire, Endoscópio Plus com firefly sensitive integrado e na possibilidade de integração com a mesa cirúrgica Tablemotion, que se adapta aos movimentos do robô para ampliar ainda mais a visão e facilitar o acesso do cirurgião.
Além disso, o sistema também conta com um novo modelo de simulação para treinamento de cirurgiões chamado SimNow, que permite o acompanhamento de métricas, análise de dados e informações para desenvolver as habilidades dos cirurgiões.
No ano passado chegou ao Brasil o robô Versius, da empresa britânica CMR (Cambridge Medical Robotics). Trata-se de um robô diferente do Da Vinci, com console aberto (tela plana e uso de óculos para visualização em 3D). Todos os comandos são realizados pelo controle manual, não tendo pedais como o Da Vinci. Os braços robóticos são individuais, determinando uma forma muito particular de posicionamento desses braços para inserção das pinças de trabalho. Diferente do Da Vinci, o braço não é acoplado ao trocarte, sendo inserido e retirado manualmente da cavidade e, portanto, permite a utilização de trocartes convencionais. Os instrumentos são de 6 mm e têm comprimento de 30 cm (contra 45 cm do Da Vinci), e ainda não é fornecida pinça de energia avançada.
A cirurgia será beneficiada em pouco tempo com o acesso progressivo a todas as ferramentas digitais em desenvolvimento. Tudo isso é possível somente com o uso de braços robóticos e comandos à distância, conceito que deve prevalecer na CIRURGIA DIGITAL para o acesso aos hardwares e softwares que estão sendo desenvolvidos.
Todas estas peculiaridades e inovações dos quatro robôs serão apresentadas e discutidas durante este congresso promovido pela SRS (Sociedade de Cirurgia Robótica dos Estados Unidos), pela SOBRACIL (Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica) e pelo COLCIR (Colaboração Latino-Americana de Cirurgia Robótica).
O evento, que reunirá cerca de 1.100 cirurgiões, será presidido pelo Dr. Carlos Eduardo Domene, presidente da SOBRACIL, e reunirá grandes autoridades mundiais nos assuntos que serão discutidos, oriundos dos Estados Unidos, Europa, Ásia, Brasil e países da América Latina.
Todas as informações e programa científico do congresso podem ser obtidos no site www.srslatamrio.com