ANO 04 Nº 7 - Maio de 2001


PREVALÊNCIA DA ENDOMETRIOSE PÉLVICA NAS VIDEOLAPAROSCOPIAS GINECOLÓGICAS

PREVALENCE OF PELVIC ENDOMETRIOSIS IN GYNECOLOGICAL VIDEOLAPAROSCOPIES


Cláudio P. Crispi(1)

Marco Aurelio P. de Oliveira(2)

Levi S. de Araújo(3)


RESUMO

Objetivos: Verificar a prevalência da endometriose pélvica nas videolaparoscopias ginecológicas. Pacientes e Métodos: Estudo retrospectivo em 451 cirurgias videolaparoscópicas ginecológicas, no período de jan/1997 a dez/2000, permanecendo no estudo 406 pacientes, após aplicação dos critérios de exclusão, distribuídas por indicações da cirurgia e faixa etária. Estadiamento foi feito pela classificação revisada de 1985 da American Fertility Society (AFS).

Resultados: Foram encontrados 206 casos com diagnóstico visual de endometriose, representando uma prevalência de 51%, distribuída pelos estádios: I (22%) II (17%) III (6%) e IV (6%). De acordo com as indicações cirúrgicas, a prevalência foi de 63%(dor pélvica), 65%(infertilidade) e 34%(massa pélvica).

Discussão: A prevalência na população estudada foi similar à relatada na literatura, tanto na avaliação global quanto nos critérios de indicação cirúrgica e faixa etária.

UNITERMOS: videolaparoscopia, endometriose, prevalência.



INTRODUÇÃO

Endometriose é definida como a presença de endométrio (glândula e estroma) localizado fora da cavidade uterina. A primeira descrição foi feita por Rokitansky em 18601,2 e Sampson em 19201,2,3 cunhou o termo endometriose, mostrando ser uma doença complexa e multifacetada em seus vários estádios, com tendência à evolução progressiva. Entretanto, pode apresentar velocidade de evolução variável, com algumas mulheres manifestando doença leve por muitos anos, enquanto em outras, a doença severa se desenvolve rapidamente4,5. É comumente encontrada em mulheres no menacme, porém pouco se sabe sobre sua real prevalência6,7, podendo chegar a 10%2,8, com variações na literatura de 0,7% (anastomoses tubárias)8 a 82% (dor pélvica)9. O diagnóstico pode ser feito pela visão da lesão durante o curso de uma cirurgia9,11 sendo que a confirmação definitiva se dá com a avaliação histopatológica9.
    Nos últimos anos, o uso da video-laparoscopia em mulheres com infertilidade, assim como dor pélvica crônica, trouxe um aumento no diagnóstico precoce da endometriose na população feminina em idade reprodutiva12.
    Estimativas tendo como base populações cirúrgicas se tornam altamente seletivas, sendo a doença mais freqüente em de mulheres com dor pélvica ou infertilidade. Por outro lado, estimativas obtidas em mulheres assintomáticas submetidas à esterilização tubária podem ser artificialmente baixas, com taxas de 2%7, se contrapondo a relatos de até 43% entre pacientes inférteis.8,13 A prevalência da endometriose tem sido subestimada, dependendo da população analisada.8,10, Fatores técnicos como o tipo e a técnica da cirurgia realizada (via vaginal, laparotômica ou laparoscópica), os tipos de lesões consideradas (clássicas, atípicas) ou se o diagnóstico é visual ou histológico, podem interferir na freqüência dos achados de endometriose.10 O Quadro I inclui alguns fatores importantes que interferem no diagnóstico da endometriose.


Fatores

Variáveis

Populacionais Sociais, culturais, econômicas
Médicos Indicação Cirúrgica
Formação e experiência da equipe cirúrgica
Interesse pela doença: Centros de referência
Técnicos Tipos de cirurgia (vaginal/laparotômica/laparoscópica)
Tipo de lesões consideradas típicas, atípicas, adenomiose
Equipamentos Tipo e Qualidade
Tipos de Estudo Prospectivo ou retrospectivo

Quadro I - Variáveis que afetam o diagnóstico de endometriose

Pacientes e Métodos

Foi feito um estudo retrospectivo baseado no diagnóstico pela visão cirúrgica, sem necessária confirmação histopatológica, em 451 cirurgias ginecológicas por videolaparoscopia, realizadas pela equipe do Centro de Vídeo Endoscopia São Paulo (CEVESP), no período de jan/1997 a dez/2000, com revisão dos registros em banco de dados eletrônico e livros de registro das cirurgias. Foram excluídos 45 procedimentos: 25 referentes à segunda cirurgia em uma mesma paciente, 03 referentes à cura de incontinência urinária, 02 por prolapso genital, e 15 por abdomem agudo ginecológico (gravidez tubária [11], torção anexial [2] e cisto hemático roto [2]). Permaneceram no estudo 406 pacientes, distribuídas de acordo com as seguintes indicações cirúrgicas: dor pélvica 191(47%), englobando dispareunia, dismenorréia e dor pélvica crônica; infertilidade em 83 (20%); massa pélvica 132 (33%), englobando cistos de ovário, miomas uterinos e hidrossalpinges. A idade das pacientes variou entre 12 e 76 anos, com média de 36 anos, distribuídas por faixas etárias: 12 a 19 (9); 20 a 29 (86); 30 a 39 (163); 40 a 49 (123) e acima de 50 (25). O estadiamento das lesões encontradas, considerando-se lesões típicas e atípicas, foi realizado de acordo com a classificação revisada da American Fertility Society (AFS)15.

RESULTADOS

Nas tabelas I e II se demonstra a prevalência na população do estudo. Verifica-se um achado de 51% de endometriose nas 406 laparoscopias realizadas, sendo que a maior prevalência foi do estádio I (22%). As três principais indicações cirúrgicas foram à dor pélvica (47%), a infertilidade (205) e a massa pélvica (33%). A prevalência da endometriose foi em torno de 65% nas duas primeiras indicações e de 24% na última (tabela III).
    A endometriose foi um achado mais freqüente nas pacientes com até 39 anos (56% a 70%). Pacientes entre 40 e 49 anos tiveram uma prevalência de 32%, enquanto que acima dos 50 anos, apenas 12% apresentavam endometriose (tabela IV).

Nº Pacientes

Casos Positivos

Prevalência

406
206
51%

Tabela I - Prevalência de endometriose
na população estudada


 

Casos Positivos
(n=206)

Est I
(n=89)

Est II
(n=68)

Est III
(n=24)

Est IV
(n=25)

Prevalência 51%
22%
17%
6%
6%

Tabela II - Distribuição da prevalência
pelos estádios na população



Gráfico I - Distribuição da prevalência por estádios



Indicações

Dor Pélvica
n=191 (47%)

Infertilidade
n=83 (20%)

Massa Pélvica
n=132 (33%)

Negativas
71 (37%)
29 (35%)
100(76%)
Prevalência
pela indicação
120 (63%)
54 (65%)
32 (24%)

Tabela III - Distribuição da população e prevalência
pelo critério das indicações cirúrgicas



Idade

12 a 19
n=9 (47%)

20 a 29
n=86 (22%)

30 a 39
n=163 (40%)

40 a 49
n=123 (30%)

>50
n=25 (6%)

Negativas
4 (44%)
26 (30%)
64 (39%)
84 (68%)
22(88%)
Prevalência pela
faixa etária
5 (56%)
60 (70%)
99 (61%)
39 (32%)
3 (12%)

Tabela IV - Distribuição da população e prevalência pelo critério de faixa etária.



 

DOR PÉLVICA

INFERTILIDADE

MASSA PÉLVICA

I
46
43
34
II
35
26
37
III
10
15
13
IV
9
16
16

Gráfico II - Distribuição dos estádios por indicação


DISCUSSÃO

Nas pacientes submetidas a videolaparoscopia por indicações ginecológicas, nossos resultados demonstraram uma prevalência de 51% e confirmam as observações de Willians16 e Strathy7 com taxas de 50%. Contudo, a prevalência encontrada foi superior àquelas relatadas em populações hospitalares com queixas ginecológicas (Matorras18 [28,9%] e Velebil17 [32,4%]) e àquelas calculadas para a população geral (Bolling19 [6,2%]; Wheller8 [8,9%] e Houston14 [3,3%] que apresentam valores bem abaixo dos nossos).
    A prevalência de 63% nas indicações por dor pélvica, 65% por infertilidade e 24% em massa pélvica estão abaixo das registradas por Ramón-Garcia20 em pacientes inférteis (77,3%); Konincks5 (acima de 60%) e Perper21 (78%) em situações de dor pélvica e infertilidade; Vercellini (71 a 82%)9 em pacientes com dor pélvica. São ainda superiores ao estudo italiano multicêntrico22 (30% em infertilidade e 45% para dor pélvica); Strathy7 (30 a 40%) e Brincat24 (36%) em populações inférteis; Kresch23 (32%) em dor pélvica. Taxas mais baixas são relatadas por Liston25 (8,2% em infertilidade e 4,5% na associação infertilidade/dor pélvica); Wheller8 (8,3 a 10%) em mulheres com dor pélvica. Nos estudos em pacientes submetidas à esterilização se encontram variações de 3,7%27 a 43%29. Eskenazi10 em compilação da literatura encontra variações de 4,5 a 82% em dor pélvica; 2,1 a 78% em infertilidade, 0,7 a 43% em esterilização tubária. (Quadro II)
    Os achados de prevalência pelo critério idade mostra caráter ascendente a partir do grupo referente à adolescência, com pico entre 20/29 anos (70%) e 30/39 anos (61%), decrescendo no período da menopausa, com idade média de 33 anos, em acordo com as observações na literatura: Ramón-Garcia20 (28,9 anos); Brincat24 (33,3 anos); Kresch23 (29 anos sintomáticas e 35 anos assintomáticas) e Moen 28 (37 anos), entretanto Vessey30 e Houston14 consideram maior a prevalência na faixa de 40-44 anos. (Percebe-se que a distribuição dos estádios encontrada no estudo: I=43%; II=33%; III=12% e IV=12%), comparada com os estudos de Matorras18 (I=51%, II= 23%, III=14% e IV=12) são bem similares. Fedele32 apresenta taxas superiores dos estádios III/IV (37%) e Perper21 considera uma maior prevalência dos estádios III e IV nas situações de dor pélvica.
    A real prevalência da endometriose permanecerá desconhecida ainda por longo tempo, devido a não se possuir dados de uma população base através do tempo, pois análise comparativa da população feminina em geral, incluindo pacientes sintomáticas ou não, torna-se de difícil realização por fatores econômicos, além de éticos. De qualquer maneira, verifica-se uma alta prevalência de endometriose nos grupos selecionados para a laparoscopia, quando a indicação é dor pélvica ou infertilidade. Portanto, a endometriose deve ser encarada como problema de saúde pública e estudos clínicos devem ser iniciados em adolescentes, especificamente pré-menarca, com seguimento regular para que se detecte o desenvolvimento da endometriose, com estabelecimento de sua incidência, chegando-se a uma real estimativa de sua prevalência, favorecendo desenvolvimento de programas diagnóstico-terapêuticos na população geral em idade reprodutiva.


Objetos de Estudo

Autor e Ano

%

População em geral Willians 1977 17
Strathy 1982 7
Bolling 1988 19
Houston 1988 14
50%
50%
6,2%
3,3%

População hospitalar Wheller 1989 8
Velebil 1995 17
Matorras 1995 18
8,9%
32,4%
28,9%

Infertilidade Liston 1972 25
Ramón Garcia 197720
Strathy 1982 7
Brincat et al. 199924
Gruppo italiano 199422
8,2%
77,3%
30-40%
36%
30%
Dor pélvica Kresch et al.197225
Wheller 1989 8
Gruppo italiano 199422
Vercellini 2000 9
32%
8,3-10%
45%
71 a 82%

Infertilidade/Dor pélvica Liston et al.197225
Konincks 1994 5
Perper et. al. 1995 21
4,5%
60%
78%

Esterelização Strathy 1982 7
Kresh 1984 23
Liu 1986 29
Kirshon 1989 26
Sangi 1995 27
2%
15%
43%
7,4%
3,7

Quadro II - Principais estudos de prevalência da
endometriose, relacionados as indicações


REFERÊNCIAS

01 – Knapp V J. - How old is endometriosis ?, Fertil Steril 1999; 72: 10-14
02 – Oliveira J B A, Baruffi R L R, Franco JuniorJ G, - Endometriose Parte I – Incidência, classificação, etiopatogenia, aspectos imunológicos, endometriose e esterilidade; Femina 1991; agosto: 628-34
03 – Gonzalez-Merlo – Ginecología; Salvat ed., Barcelona, 1977:226
04 – Ranney B., Endometriosis: Pathogenesis, Symptoms and Findings; Clinical Obstetrics and Gynecology 1980; V 23;3:865-74
05 – Koninckx P. R., Is mild endometriosis a disease? Is mild endometriosis a condition occurring intermittently in all women?; Human Reproduction 1994; V 9;12: 2202-2211
06 – Viscomi F. et al.; Atlas de Endometriose, 2000, Ed Ferraz assoc S/C Ltda, São Paulo
07 - Strathy J.H.; Molgaard C.A.;Coulam C.B.; Melton L.J. III: Endometriosis and infertility: a laparoscopic study of endometriosis among fertile and infertile women; Fertil. Steril., 1982; V38; 6: 667-672
08 - Wheeler J.M. Epidemiology of Endometriosis-Associated Infertility, J. Rep. Med. 1989; 34; 1: 41-46
09 – Vercellini P., Surgical management of endometriosis; Clinical Obstetrics & Gynaecology 2000; V 14;3: 501-23
10 - Eskenazi B., Warner M. L., Epidemiologia da endometriose, Clinicas Obst. e Ginec. da Am. do Norte; 1997; 2: 217-239
11 – Vessey M.P. Villard-Mackintos, Painter R – Epidemiology of endometriosis in women attending family planning clinics; BMJ 1993; V 306; 16: 182-184
12 - Candiani, G. B., Vercellini P., Fedele A.C., Candiani M; Mild Endometriosis and infertility: A critical review of epidemiologic Data, Diagnostic pitfalls, and classification limits; Obstetrical and Gynecological Survey 1991; V 46;6: 374-82
13 - Redwine D.B. The distribuition of endometriosis in the pelvis by age group and fertility, Fertil. Steril. 1987; V 47;1: 173-75
14 - Houston, D.E.; Noller K.L., Melton L.J.III; Selwyn, B.J.: The Epidemiology of Pelvic Endometriosis. Clin Obstet Gyenecol. 1988;31; 4: 787-800
15 - American Fertility Society (1985) Revised American Fertility Society Classification of Endometriosis: 1985; Fertil. Steril., 43:351
16 - Willians T J, Pratt J H. Endometriosis in 1.000 consecutive celiotomies: Incidence and management; Am J. Obstet. Gynecol.;1977, V 129; 3: 245-50
17 - Velebil P., Wingo P.A., Xia Z. Wilcox L.S., Peterson H.B.; Rate of Hospitalization for Gynecologic Disorders Among Reproductive-Age Women in the United States; Obstet. Gynecol. 1995; V 86, 5: 764-769
18 - Matorras R, Rodígues F, Pijoan J.I., Ramón O., deTerán G.G., Rodrigues-Escudero F.; Epidemiology of endometriosis in infertile women; Fértil.Steril; 1995; V 63; 1: 34-38
19 - Boling R.O, Abbasi R, Ackerman G, Schipul A.H., Chaney S.A.; Disability from Endometriosis in the United States Army; J. Rep. Med.1988;V 33; 1: 49-52
20 – Ramón Garcia C., David S.S Pelvic endometriosis: infertility and pelvic pain. Am. J. Obstet. Gynecol.1977; V 129;7: 740-747
21 - Perper M M, Nezhat F, Goldstein H, Nezhat C.H., Nezhat C.; Dysmenorrhea is related to the number of implants in emdometriosis patients; Fertil.Steril.;1995; V 63, 3: 500-503
22 - Gruppo italiano per lo studio dell’endometriosi; Prevalence and anatomical distribuition of endometriosis in women with selected gynaecological conditions: results from a multicentric italian study; Human Repr.; 1994; V 9;6: 1158-62
23 – Kresch A.J.; Seifer D.B, Sachs l.B.,Barrese I.; Laparoscopy in 100 Women With Chronic Pelvic Pain, Obstet. Gynecol, 1984; V 64; 5: 672-674
24 - Brincat M., Galea R. Buhagiar A.. Polycystic ovaries and endometriosis: a possible connection. Br. J. Obst Gynaec. 1999; V 101: 346-348
25 - Liston W.A., Bradford W.P, Downie J., Kerr M.G.; Laparoscopy in a general gynecologic unit.; Am J. Obstet. Gynecol.1972, V 113; 1: 672-677
26 - Kirshon B., Poindexter A.N., Fast J.; Endometriosis in Multiparous Women. J. Rep. Med, 1989; V 34, 3: 215-217
27 - Sangi-Haghpeykar H., Poindexter III A.N.; Epidemiology of Endometriosis Among Parous Women; Obst. Gynecol. 1995; V 85; 6: 983-992
28 - Moen M.H. Endometriosis in Women at interval sterilization; Acta Obstet. Gynecol. Scand 1987; V 66: 451-454
29 - Liu D.T.I., Hitchcock A.; Endometriosis: it association with retrograde menstruation, dysmenorrhoe and tubal pathology; Britsh J Obstet and Gynaecol 1986; V 93: 859-862
30- Lessey B.A., Medical management of endometriosis and infertility. Fertil.Steril 2000; 73, 61089-1096,
31 - Fedele L., Parazzini F.,Bianchi S, Arcaini L., Candiani G.B., Stage and localization of pelvic endometriosis and pain; Fertil. Steril. 1990; V 53; 1: 155-158
32 - Fedele L, Bianchi S, Bocciolone L, Di Nola G, Parazzini F.; Pain Symptoms Associated With Endometriosis; Obstetrics & Gynecology 1992; 79, 5, 767-769
33 - Vercelini P, Trespidi L, De Giorgi O, Cortesi I, Parazzini F, Crosignani P.G. Endometriosis and pelvic pain: relation to disease estage and localization; Fertil. Steril. 1996; V 65;2: 229-304
34 – Buttram V.C.; Conservative surgery for endometriosis in the infertile female: a study of 206 patientes with implications for both medical and surgical therapy; Fertil. Steril. 1979, V 31,2: 117-123
35 - Morales A. J., Murphy A.: Tratamento endoscópico da endometriose, in Endoscopia operatória ginecológica, Clínicas Obstétricas e Ginecológicas da América do Norte;1999: 26, 1: 127-139
36 - Chatman D.L. Endometriosis in the black woman, Am.J.Obst.Gynecol.;1976; V 125;7: 987-989,
37 - Kulenthran A., Templeton A.A.; Endometriosis and Race; Aust NZ J Obstet Gynaecol. 1992; V 32; 2: 164-165
38 - Miyazawa K. Incidence of Endometriosis Among Japanese Women, Obstet. Gynecol. 1976; V 48, 4
39 - Redwine D.B. The distribution of endometriosis in the pelvis by age groups and fertility, Fertil. Steril; 1987; V 47;1: 173-175
40 - Redwine DB: Conservative laparoscopic excision of endometriosis by Sharp dissection: Life table analysis of reoperation and persistent or recurrent disease. Fertil. Steril. 1991; 56: 628-634
41 - Trimbos J.B, Trimbos-Kemper G.C.M, Peters, van der Does C.D., van Hall E.V.; Findings in 200 consecutive asymptomatic women, having a laparoscopic sterilization; Arch Gynecol Obst, 1990; 247: 121-4




 

(1) Presidente da SOCIVERJ ; Coordenador Geral do CEVESP (Centro de Videoendoscopia São Paulo)

(2) Prof. de Ginecologia da FCM-UERJ; Coordenador Científico do CEVESP

(3) Médico do CEVESP