Official Journal of the
Brazilian Society of Videosurgery

ISSN: 1983-991X
Ano 2 - Vol. 2 - Suplemento 1 - Dezembro 2009

«  PDF file  »

IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia
SOBRACIL - BH 2009

18 a 21 de abril de 2009
Minascentro
Belo Horizonte - MG

Trabalhos Científicos


Área:

CIRURGIA UROLÓGICA


Apresentação: Tema e Vídeo livre

174 - NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA: RELATO DE CASO VIDEO LIVRE

HUGO MONTEIRO NEDER ISSA; PEDRO ROMANELLI; RICARDO NISHIMOTO

 

RESUMO

A nefrectomia parcial para o tratamento de tumores renais é um desafio na prática urológica. Inicialmente, sua indicação limitava-se a pacientes com tumores renais bilaterais ou com tumor em rim único. Atualmente, constitui uma alternativa vantajosa mesmo em pacientes com o rim contralateral normal. Nos casos de nefrectomia parcial os estudos mostram resultados comparáveis a nefrectomia radical em termos de sobrevida em tumores menores de 4 cm, demostrando uma terapia efetiva a longo prazo para pacientes com carcinoma renal localizado, quando é necessário levar em consideração a função renal. Com o desenvolvimento da técnica laparoscópica na realização de procedimentos urológicos desde a década passada, a nefrectomia parcial tem sido capaz de reproduzir os princípios e os resultados da cirurgia aberta mantendo os resultados oncológicos e de preservação do parênquima renal, agregando as vantagens de uma técnica minimamente invasiva. Neste vídeo mostramos uma nefrecomia parcial realizada em paciente de 54 anos, sexo feminino, no Hospital Vila da Serra, Belo Horizonte. Tomografia pré-operatória evidenciou lesão tumoral sólida de 2,3 cm em pólo inferior do rim direito. Paciente foi submetida a nefrectomia parcial laparoscópica com clampagem da artéria renal durante 23 minutos. Hemostasia realizada com sutura intracorpórea e interposição de surgicell. Paciente evoluiu sem complicações tendo recebido alta hospitalar no 2o dia de pós operatório. O anátomo patológico evidenciou um adenoma renal sem sinais de malignidade.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

175 - PROSTATECTOMIA RADICAL ROBOTICA EM UM CENTRO LAPAROSCOPICO NAIVE. EXPERIENCIA NOS 142 PRIMEIROS CASOS

GIACOMO ERRICO; BERNARDO ROCCO; JUAN CAMILO OSPINA; SARA MELEGARI; SERENA DETTI; LUIGI SANTORO; OTTAVIO DE COBELLI

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A prostatectomia radical robotica(RALP), representa uma opçao cirúrgica sempre mais difundida para os tratamentos do cancer de prostata. De novembro de 2006 a março de 2008, foram realizadas 142 RALP. Os cirurgiões nao tinham expweriencia em laparoscopia. Este estudo tem como objetivo avaliar o resultado oncològico, per-operatório, funcional e das complicações. MATERIAL E MÉTODOS: Todos os pacientes foram submetidos a RALP, segundo a técnica de Patel(Patel VR et al, J Rob Surg 2007), com anastomose modificada segundo Rocco(Rocco B et al, Eur Urol 2007). Avaliamos os resultados oncològicos imediatos(margem), per-operatório(perda sanguinea, tempo de internaçao e cateter vesical), funcional(continencia urinária-questionàrio ICIQSF, ereçao peniana-questionário IIEF) e complicações imediatas e tardias. RESULTADOS: O per-operatório e a parte funcional sao demonstrados na tabela. As margens positivas 20,4%. Complicação imediata(2%): 1 conversão , 1 perfuração de colon direito e uma hemorragia pós-operatória. Complicação tardia(2%): 1 linfocele e 2 hérnias peri-umbilical. DISCUSSÃO: O acesso cirúrgico minimamente invasivo para o tratamento do cancer de próstata, não é considerado oncològicamente inferior à técnica tradicional open, segundo orientação multidisciplinar(NCCN prostate 2008). A RALP, é uma técnica, a cada dia mais difundida nos EUA e Europa. Nos EUA, em 2007 a RALP representou 70% dos casos de prostatectomia radical. Entretanto, ainda não existem dados e resultados consolidados, que avaliam a longo prazo, o resultado oncológico. CONCLUSÃO: Em base aos nossos dados preliminares, a RALP, é uma técnica acessivel, mesmo sem experiencia laparoscópica, obtendo-se resultados oncológicos, per-operatórios e funcionais satisfatórios.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

176 - PROSTATECTOMIA RADICAL ROBOTICA NA PRESENCA DE VOLUMOSO LOBO MEDIO

GIACOMO ERRICO; BERNARDO ROCCO; JUAN CAMILO OSPINA; SARA MELEGARI; SERENA DETTI; LUIGI SANTORO; OTTAVIO DE COBELLI

 

RESUMO

INTRODUCAO: A prostatectomia radical robòtica(RALP), representa uma vàlida alternativa à técnica open. Na nossa Divisao de Urologia-IEO, a RALP, vem sendo realizada desde novembro de 2006. No inicio da curva de aprendizado, os pacientes foram selecionados em base as caracteristicas fisicas, BMI, co-morbidades, grau de patologia e carcteristicas morfològicas da pròstata. Depois de ter adquirido maior experiencia, acima de 100 casos, a escolha ficou menos rigorosa, e foram realizadas cirurgias em casos de maior complexidade tècnica. MATERIAL E METODOS: Depois de haver isolado o àpice prostàtico e ligado o complexo venoso dorsal, a técnica continua, com a identificaçao da junçao vesico-prostàtica e abertura do colo vesical no seu versante pùbico. Depois da exposiçao do cateter vesical, este vem a ser tracionado com o 4° braço, desse modo, se evidencia o lobo médio graças ao aspecto convexo da mucosa vesical no colo. Procura-se tracejar os limites do lobo mèdio, delineando os limites laterais da junçao vesico-prostàtica. Isola-se progressivamenteo lobo mèdio identificando-se os planos, com auxilio da tesoura monopolar. Nesta evoluçao dos planos, identificamos entre o lobo médio e a bexiga, a fàscia de Denonvillier, que quando aberta, se identificam os ductos deferentes e as vesiculas seminais tracionados.Continua-se no plano retal ae as porçoes laterais da pròstata, com a tècnica standard. Ao término do isolamento anterògrado, se procede a secçao da uretra completando-se a prostatectomia. Se faz necessàrio a reduçao do colo vesical, com vycril 3/0 cv23. Completa-se com a reconstruçao posterior do esfincter estriado com a técnica de Rocco et al, e anastomose vesico-uretral segundo Van Valthoven modificada. DISCUSSAO E CONCLUSAO: Na nossa experiencia, a morfologia da pròstata representa um aspecto importante de avaliaçao no ambito da curva de aprendizado. A avaliaçao ultrassonogràfica da morfologia e do volume prostàtico, sao fundamentais na seleçao dos pacientes. A presença de um lobo médio, pode apresentar dificuldade na compreensao do plano de clivagem vesico-prostàtico e a succesiva mobilizaçao da pròstata.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

177 - EVOLUCAO DA TECNICA DE RECONSTRUCAO POSTERIOR DO RHABDOSFINCTER NA PROSTATECTOMIA RADICAL ROBOTICA

GIACOMO ERRICO; BERNARDO ROCCO; JUAN CAMILO OSPINA; LUIGI SANTORO; GENNARO MUSI; FABRIZIO VERWEIJ; OTTAVIO DE COBELLI

 

RESUMO

INTRODUCAO: A incontinencia urinària pòs prostatectomia radical retro-pubica(PRRP), possui um impacto significativamente negativo na qualidade de vida do paciente. Em torno de 92% dos pacientes(EAU Guideline), recuperam a continencia urinària em 12 meses, porém o tempo de recuperaçao da continencia urinària pode ser muito variàvel. A técnica de reconstruçao posterior do esfincter estriado da uretra(Rocco F et al, J Urol 2006), no acesso open, demonstrou uma recuperaçao mais ràpida da continencia urinària.Estudos posteriores(Rocco B et al, Eur Urol 2007; Nguyen et al, BJUI 2008; Tewari A et al, BJUI 2008), tem demonstrado a sua aplicabilidade tècnica, tambèm na cirurgia robòtica. MATERIAL E METODOS: Na prostatectomia radical robòtica(RALP), o sistema utilizado è o Da Vinci, com visao tridmensional e de 10x a magnificaçao da imagem. Depois da remoçao da prostata, se identifica a fàscia de Denonvillier remanescente e a porçao posterior do esfincter estriado da uretra. As duas estruturas sao aproximadas, com dupla sutura de fio monofilamentar(monocryl 2/0, agulha vr26, 5/8). Sutura-se a fàscia de Denonvillier à porçao posterior do esfincter, iniciando-se da direita para esquerda, medialmente, ao trajeto dos bundles neuro-vasculares, dando-se o nò sobre o versante contralateral. Deste modo se obtém a reconstruçao do plano posterior esfinctérico descrito por Burnett(Burnett A, J Urol 1998). A segunda sutura, aproxima a face posterior do colo vesical, à porçao posterior do esfincter. RESULTADOS: Esta técnica de reconstruçao do plano posterior do esfincter estriado, tem como objetivo criar um plano posterior mais homogeneo e mais estàvel, favorecendo também a uma anastomose uretro-vesical sem tensao. DISCUSSAO: Segundo dados da Cleveland Clinic, a reconstruçao posterior do esfincter estriado, tem como um dos objetivos, aumentar o comprimento da uretra em 1,2cm(Nguyen M et al, BJUI 2008). Esta modificaçao da reconstruçao esfincteriana, acrescenta as vantagens descritas na técnica original, a possibilidade de uma reconstruçao, mais precisa e mais estàvel em grau elevado de fornecer maior estabilidade ao complexo esfinctérico uretro-vesical. O Sistema Cirùrgico Da Vinci, oferece a facilidade de efetuar rapidamente a reconstruçao posterior do esfincter estriado, como descrito e, permite de realizar uma anastomose uretro-vesical sem Tensao, uma outra vantagem, pode ser representado pelo efeito de proteçao que o plano reconstruido pode exercitar em eventuais leakage na anastomose.


Apresentação: Poster

178 - REIMPLANTE URETERAL LAPAROSCÓPICO EM ESTENOSE DE URETER: ANÁLISE DE 11 CASOS

RODRIGO QUINTELA; RUBENS ALVES ABREU; JOSE EDUARDO TÁVORA

 

RESUMO

MATERIAL E MÉTODOS: Dez pacientes foram submetidos a onze reimplantes ureterais laparoscópicos por estenose de ureter entre janeiro de 2004 a junho de 2008. Em sete casos a estenose era a nível de ureter terminal, em dois casos a níuvel do cruzamento dos vasos ilíacos e em um caso no terço médio do ureter. Foram realizados oito ureteroneocistostomias pela técnica extra-vesical com mecanismo anti-refluxo e três casos de reimplante vesical com técnica de Boari e bexiga psóica. RESULTADOS: O tempo cirúrgico foi de 166 minutos (115-245 min), o sangramento médio foi de 162 ml e a média de hospitalição foi de 3,2 dias. Houveram duas complicações: uma lesão de colon tratada por ráfia primária com boa evolução e um caso de obstrução ureteral por migração de cálculo no pós-operatório tratado por ureteroscopia. Todos os pacientes tiveram resolução completa da estenose e auseência de refluxo vesico-ureteral em um seguimento médio de 18 meses. CONCLUSÃO: A via laparoscópica oferece um bom acesso e representa uma técnica viável segura e de baixa morbidade para reimplante ureteral em estenoses de ureter.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

179 - NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA: VIA TRANSPERITONEAL EM LESOES ANTERIORES E VIA RETROPERITONEAL EM LESOES POSTERIORES

RODRIGO QUINTELA; GUSTAVO MARELLI DE CARVALHO; FABRÍCIO SIQUEIRA RABELO; JOSE EDUARDO TÁVORA

 

RESUMO

MATERIAL E MÉTODOS: Entre fevereiro de 2006 e dezembro de 2007 foram realizados 20 casos de nefrectomia parcial laparoscópica em tumores renais de até 4 cm utilizando a via laparoscópica transperitoneal nos casos dos tumores localizados na face anterior do rim e a via retroperitoneal nos casos localizados na face posterior do rim. Todos os pacientes, exceto um, apresentavam rim contra-lateral e função renal normal. A escolha da via de acesso foi realizada no pré-operatório atravéz de uma análise dos exames de imagem. Em 15 casos de foi utilizada a via laparoscópica transperitoneal e em cinco casos foi utilizada a via retroperitoneal. O controle vascular foi realizado em todos os casos utilizando um clamp tipo buldog somente na artéria renal. A exérese da lesão foi feita com tesoura a frio e a hemostasia foi feita com pontos em "U" utilizando fio absorvível e clipes Hem-o-lock para fixação dos pontos. A drenagem foi feita com dreno tipo Portovac. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 61 anos (52 a 75 anos) O tamanho médio dos tumores foi de 1,9 cm (1,0 a 4,0 cm). O sangramento médio foi de 200ml (50 a 1000 ml) e o tempo médio de isquemia quente foi de 20 minutos (12 a 40 minutos). Houveram complicações em 4 pacientes (20%) sendo elas: pneumonia, infecção urinária, abcesso de ferida e fístula urinária tratada conservadoramente com resolução espontânea no 15 DPO. O exame histológico mostrou tumores benignos em 4 (20%) casos (3 angiomiolipomas e um oncocitoma) e carcinoma de células renais em 16 (80%) casos e margem cirúrgicas negativas em todos os casos. CONCLUSÃO: A escolha da via de acesso laparoscópica retro ou transperitoneal de acordo com a localização da lesão renal para a realização de nefrectomia parcial laparoscópica permite acesso direto à lesão favorecendo o ato operatório e reduzindo as chances de margens cirúrgicas positivas.


Apresentação: Poster

180 - ADRENALECTOMIA RETROPERITONEOSCÓPICA BILATERAL EM METÁSTASE DE CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS DE BEXIGA

RODRIGO QUINTELA SOARES; MARCELO COSTA; FABRÍCIO SIQUEIRA RABELO; JOSE EDUARDO TAVORA

 

RESUMO

Relatamos um caso de um paciente de 73 anos submetido a cistectomia radical em agosto de 2006 que apresentou dois anos depois tumor adrenal bilateral de 5 cm de diâmetro cada lesão. Os exames de imagem mostraram metástase solitária em ambas adrenais sem evidência de outras lesões metástaticas. Foi submetido a adrenalectomia retroperitoneoscópica bilateral e o exame histopatológico mostrou metátase de carcinoma de células transicionais com margens cirúrgicas negativas. A via retroperitoneoscópica representa uma via de acesso segura e eficiente no tratamento de tumores adrenais até 6 cm de diâmetro.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

181 - GANGLIONEUROMA DE ADRENAL

MARCELO CABRAL LAMY DE MIRANDA; ANIBAL WOOD BRANCO; RODRIGO ALVES TRISTÃO; RICARDO DINIZ DE BARROS; CARLOS HENRIQUE SEGALL JR.; BRUNO COSTA DO PRADO; MARCIO MAIA LAMY DE MIRANDA

 

RESUMO

Os Ganglioneuromas (GN) são os membros mais bem diferenciados, e invariavelmente benignos, dos tumores de células ganglionares, que incluem também os ganglioneuroblastomas, de diferenciação intermediária, e os neuroblastomas, altamente malignos. São neoplasias raras, podendo surgir em qualquer gânglio periférico. 56-70% dos casos localizam-se no mediastino posterior e retroperitônio, associados ao plexo simpático paravertebral, e 20-30% envolvem a glândula adrenal, representando 0-6% dos incidentalomas. O tratamento padrão ouro atualmente para tumores benignos pequenos (<6cm) de adrenal é a adrenalectomia laparoscópica, porém lesões maiores (>6 cm) apresentam maior chance de malignidade, aumentando o possível risco de disseminação neoplásica peritoneal durante esse acesso. No entanto, vários estudos recentes tem demonstrado que a adrenalectomia laparoscópica pode ser extendida para qualquer tumor adrenal, desde que não haja evidência radiológica de infiltração periadrenal ou invasão venosa. Este caso é de um volumoso ganglioneuroma de adrenal, diagnosticado incidentalmente, o qual foi completamente ressecado laparoscopicamente, provavelmente sendo a maior adrenal retirada por laparoscopia que se tem notícia. RELATO DE CASO: Mulher de 24 anos, foi referenciada ao Departamento de Urologia do nosso hospital com diagnóstico incidental de uma massa de 14 cm em adrenal D, durante ultrassonografia para investigação de dismenorréia. A paciente apresentava-se em bom estado de saúde, sem qualquer outro sintoma, apresentando ao exame físico pressão arterial de 110x80 mmHg, não havendo, durante a palpação profunda, dor ou detecção de nenhuma massa intrabdominal. A radiografia de torax encontrava-se dentro da normalidade, assim como os exames de sangue de rotina. Foi realizada avaliação hormonal direcionada, a qual demonstrou todos valores dentro na normalidade. Na Tomografia computadorizada (TC) de abdome a qual demonstrou uma formação expansiva complexa em localização de adrenal D, medindo 12,0 x 11,0 x 9,0 cm, seguindo-se de realização de RNM visualizando uma lesçao sólida heterogênia, com conteúdo necrótico, medindo 11,0 x 9,0 x 11,0 em localização de adrenal D. A paciente foi submetida a adrenalectomia laparoscópica ,sendo o tumor ressecado completamente por laparoscopia, com 6 portais . O tempo cirúrgico foi de 300 minutos , com um sangramento estimado de 150 ml . A peça cirúrgica mediu 14 x 10 cm , com um peso de 665 grs. No anátomo patológico , foi diagnosticado ganglioneuroma. A paciente encontra-se assintomática , sem evidência de recidiva 6 meses após a cirurgia , exercendo suas atividades habituais. Podemos concluir que a adrenalectomia laparoscópica pode ser realizeda com segurança em massas de grande volume , uma dez excluído , no pré-operatório, através de exames de imagens, infiltração local, quando é contra-indicado o acesso por laparoscopia.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

182 - LINFADENECTOMIA INGUINAL VIDEOENDOSCÓPICA EM CÂNCER DE PÊNIS: EXPERIÊNCIA INICIAL

RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; PEDRO ROMANELLI; DIOGO AUGUSTO VIEIRA DANTAS; MARCUS RENATO MARTINS NOGUEIRA; DÉBORA YUMI FUKINO; JOSÉ GERALDO DIAS JUNIOR

 

RESUMO

O câncer de pênis é uma doença agressiva e mutilante, acometendo principalmente homens de países subdesenvolvidos. Sua etiologia ainda não é conhecida, porém existe forte associação com presença de fimose ou excesso de prepúcio, baixa condição socioeconômica, más condições de higiene e infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O principal sítio de metástase é para linfonodos inguinais e ilíacos. Como atualmente não existem métodos não invasivos satisfatórios para avaliar o comprometimento metastático dos linfonodos, a linfadenectomia inguinal está indicada no estadiamento e tratamento do câncer de pênis. Suas indicações são: linfonodos palpáveis após curso de antibiótico, tumores > T1, grau de diferenciação > G1 e presença de tumor primário com embolização venosa ou linfática. A linfadenectomia inguinal apresenta complicações significativas como necrose cutânea, infecção, linfedema e linfocele. Com o objetivo de diminuir a morbidade cirúrgica foi proposto o acesso videoendoscópico, que permite a reprodução da técnica aberta, através de um procedimento minimamente invasivo. O presente trabalho relata a realização de 11 linfadenectomias inguinais videoendoscópicas em 7 pacientes, sendo que 4 foram submetidos ao procedimento bilateralmente e 3 unilateralmente. Oito linfadenectomias foram realizadas com preservação da veia safena magna. Características epidemiológicas dos pacientes e da doença foram analisadas, tais como: idade, co-morbidades, estadiamento da doença e as complicações no per e pós-operatórios imediato e tardio. Foram discutidos os aspectos relacionados ao tipo de anestesia, tempo cirúrgico, custo do procedimento, preservação de veia safena magna e viabilidade da técnica.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

183 - PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA: EXPERIÊNCIA INICIAL COM A TÉCNICA INTRAFACIAL

RODRIGO QUINTELA SOARES; FABRÍCIO RABELO SIQUEIRA; GUSTAVO MARELLI DE CARVALHO; JOSÉ EDUARDO TÁVORA

 

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a continência, função sexual e controle oncológico de uma série inicial de 12 pacientes submetidos a prostatectomia radical laparoscópica pela técnica intrafacial. PACIENTES E MÉTODOS: Doze pacientes com adenicarcinoma de próstata estádio T1c previamente potentes foram submetidos a prostatectomia radical videolaparoscópica intraperitoneal pela técnica intrafascial. Após a dissecção posterior das vesículas seminais a dissecção inicia-se no colo vesical sem abertura prévia da fascia endopélvica. Os feixes váculo nervosos são liberados lateralmente e o pedículo prostático é ligado junto a próstata. A veia dorsal é ligada seletivamente após a dissecção do ápice prostático. A anastomose é realizada com sutura contínua. RESULTADOS: O PSA pré-operatório médio foi de 5,2 (2,94-8,37) e a idade média foi de 62 anos.nenhum paciente apresentava estádio de Gleason > 7. O tempo operatório médio foi 240 min (180-280 min). Nenhuma conversão ou transfusão foram necessárias. O cateter vesical foi retirado com 07 dias em média. O estádio patológico era pT2 em 91,6% e pt3 em 8,3%. Margens positivas ocorreram em 2 casos (16,6%), sendo um paciente pT2 e outro pT3. Ereções suficientes para intercurso sexual foi relatado por 41,6% dos pacientes com 3 meses de seguimento. A continência urinária foi obtida por 66,6% e 91,6% com 1 e 3 meses de pós-operatório. Um paciente (8,3%) permaneceu utilizando 2 pad/dia com 6 meses de seguimento. CONCLUSÃO: A técnica de dissecção intrafacial na prostatectomia radical laparoscópica permite melhora dos resultados funcionais em relação a continência e potência porém aumenta os riscos de margem positiva e deve ser indicado em pacientes com doença bem localizada e de baixo risco.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

184 - CISTOPROSTATECTOMIA RADICAL VIDEOLAPAROSCÓPICA COM CONFECÇÃO DE NEOBEXIGA ILEAL ORTOTÓPICA

MARCUS RENATO MARTINS NOGUEIRA; PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; EDUARDO VÍTOR DE CASTRO; RALPH CORREA DE ALMEIDA; THIAGO AUGUSTO DE OLIVEIRA

 

RESUMO

O câncer de bexiga invasor tem como padrão ouro de tratamento a cistoprostatectomia radical, sendo a bexiga ortotópica ileal realizada frequentemente como derivação urinária de escolha. O acesso vídeolaparoscópico, na realização desta cirurgia, tem sido relatado recentemente e cada vez mais tem ganhado espaço devido suas vantagens relacionadas à técnica minimamente invasiva. Apesar de ser um procedimento complexo algumas dificuldades inicialmente descritas estão sendo ultrapassadas, como a realização da linfadenectomia pélvica, o tempo cirúrgico e o custo da cirurgia. Neste vídeo, descrevemos nossa experiência inicial na realização da cistoprostatectomia radical videolaparoscópica com neobexiga ortotópica ileal. Apresentamos o caso de um paciente de 45 anos portador de carcinoma vesical invasor de células transicionais, submetido a cistoprostatectomia radical com linfadenectomia pélvica e reconstrução com neobexiga ileal ortotópica pelo acesso videolaparoscópico.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

185 - PROSTATOLITOTOMIA LAPAROSCÓPICA: UMA OPÇÃO NO TRATAMENTO DOS CÁLCULOS URETRAIS?

EDUARDO VITOR DE CASTRO; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; PEDRO ROMANELLI DE CASTRO; HERMAN SILVEIRA DE ALMEIDA BARBOSA; DIOGO AUGUSTO VIEIRA DANTAS; THIAGO AUGUSTO DE OLIVEIRA

 

RESUMO

Os cálculos uretrais são classificados como primários(aqueles formados na uretra) ou secundários (aqueles formados na bexiga ou rim). Cálculo em uretra prostática é uma entidade raramente encontrada em adultos jovens e a maioria deles migra do trato urinário superior. Raramente são formados primariamente na uretra, sendo geralmente associados às estenoses uretrais ou divertículos. Os possíveis fatores etiológicos são estenose uretral, corpo estranho, debris, obstrução do colo vesical, fatores idiopáticos, diabetes litogênica e esquistossomose. Várias são as técnicas descritas no tratamento cirúrgico dos cálculos uretrais, como os acessos endoscópico, perineal e laparotômico. Elas variam de acordo com o tamanho e posição do cálculo, Neste vídeo, apresentamos o caso de um paciente de 26 anos, história prévia de urolitíase, evoluindo com sintomas do trato urinário baixo. Portador de 2 cálculos de aproximadamente 4 cm ocupando toda loja prostática. Paciente foi submetido à prostatolitotomia videolaparoscópica.


Apresentação: Poster

186 - CISTOSCOPIA FETAL NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS OBSTRUÇÕES DO TRATO URINÁRIO BAIXO - EXPERIÊNCIA INICIAL INSTITUCIONAL

RODRIGO RUANO; SERGIO DUARTE; VICTOR BUNDUKI; AMILCAR MARTINS GIRON; MIGUEL SROUGI; MARCELO ZUGAIB

 

RESUMO

OBJETIVO: Relatar a experiência inicial institucional com cistoscopia fetal no diagnóstico e tratamento das obstruções do trato urinário baixo. PACIENTES E METODOS: Trata-se de um estudo prospectivo, caso-controle, não randomizado. De julho de 2006 a junho de 2008, foram oferecidas cistoscopias fetais para gestantes cujos fetos apresentavam malformações obstrutivas do trato urinário baixo na forma grave (bexiga distendida, megaureteres, hidronefroses bilaterais e anâmnio), bioquímica urinaria favorável (sódio <100mEq/L, cloro<90mEq/L e Osmolaridade <210mOsm/L) e idade gestacional < 24 semanas. A bioquímica urinaria fetal foi avaliada antes e após o procedimento. Todas as crianças foram seguidas de 3 a 6 meses após o nascimento, e a média do último valor de creatinina sérica foi considerado (sendo considerado valor anormal quando maior que ,56mg/dL). Em todos os casos que evoluíram ao óbito, foi realizada autópsia. RESULTADOS: A cistoscopia fetal com possível fulguração da válvula de uretra posterior foi oferecida para treze gestantes que preenchiam critérios de inclusão. Sete destas decidiram pela sua realização enquanto outras seis preferiram a conduta expectante pré-natal. Os grupos eram homogêneos quanto a idade gestacional no diagnóstico e os resultados da bioquímica urinaria. Atresia de uretra foi diagnosticada na cistoscopia em três (21.3%) fetos. Na 26ª semana, a bioquímica urinaria se mostrou significativamente mais desfavorável no grupo sem tratamento pré-natal (p<0.05). A sobrevida neonatal e a porcentagem de crianças com função renal foram significativamente maiores no grupo submetido a cistoscopia e tratado com laser (p<0.05). CONCLUSÃO: A cistoscopia fetal percutânea é exeqüível utilizando cânulas mais delgadas para o diagnóstico e tratamento das malformações do trato urinário baixo. A fulguração com laser da válvula de uretra posterior através da cistoscopia fetal parece melhorar o prognostico dessas crianças ao prevenir a deterioração da função renal dos fetos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

187 - HEMI-NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA TUMOR JUSTA-HILAR - RELATO DE CASO

MARCELO DE ANDRADE VIEIRA; ELINEY FERREIRA FARIA; DANIEL D. G. SEABRA; ROBERTO DIAS MACHADO; MARCELO DE PAULA BIANCO; JOSE VIEIRA BARRETO JUNIOR; SERGIO RIGUETE ZACCHI

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Mais de 60% dos carcinomas de células renais, atualmente, são detectados incidentalmente. A cirurgia preservadora de néfrons é hoje a primeira escolha devido a baixas taxas de recidiva local e resultados oncológicos similares à nefrectomia radical, com a vantagem de preservar parte da função renal. Na maioria das vezes, em massas pequenas e exofíticas, a via laparoscópica, além de factível é a mais indicada, devido ás vantagens do procedimento minimante invasivo. O desafio é executar a técnica em tumores grandes, endofíticos, localizados próximos ao hilo ou pelve renal. VÍDEO: HMR, 45 anos, feminino, com imagem nodular sólida ao USG, localizada na metade inferior do rim esquerdo, medindo cerca de 5,0 cm. A Ressonância Magnética mostrou massa medializada em intimo contato com o seio, pelve e hilo renal. Foi realizado a hemi-nefrectomia esquerda por via laparoscópica transperitoneal, utilizando 4 trocaters sem intercorrências. Tempo de isquemia quente de 42 min e tempo de cirúrgico de 4,5 horas. ANATOMOPATOLÓGICO: Carcinoma de células renais, Furhman II com margens livres. CONCLUSÃO: Apesar de ter uma curva de aprendizado longa e tecnicamente exigir maior habilidade do cirurgião, massas renais com tamanhos e em localizações adversas são factíveis de serem feitas por laparoscopia, mesmo com aumento no tempo de isquemia quente e as dificuldades da sutura intra-corpórea.


Apresentação: Poster

188 - PROSTATECTOMIA SIMPLES VIDEOLAPAROSCÓPICA: SÉRIE INICIAL

ALPH CORREA DE ALMEIDA; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; PEDRO ROMANELLI DE CASTRO; MARCUS RENATO MARTINS NOGUEIRA; DÉBORA YUMI LOPES FUKINO

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Prostatectomia simples aberta tem sido utilizada no tratamento cirúrgico de pacientes sintomáticos, portadores de hiperplasia benigna prostática (HPB) de grande volume. Neste trabalho, os autores relatam uma série de pacientes submetidos à prostatectomia simples laparoscópica. PACIENTES E MÉTODOS: Entre Junho de 2006 e Janeiro de 2008, 15 pacientes consecutivos, portadores de HPB sintomática maior que 80g ao ultrassom pélvico, foram submetidos à prostatectomia simples laparoscópica. Foram avaliados, através de um estudo retrospectivo observacional, as características dos pacientes, o volume prostático e as complicações no per e pós-operatórios imediato e tardio. RESULTADOS: A idade média foi de 67 anos (62 - 74 anos). O peso prostático médio foi de 127 gramas. O tempo cirúrgico variou de 120 minutos a 220 minutos. Dois pacientes foram submetidos ao acesso extraperitoneal e treze ao acesso transperitoneal. A perda de sangue estimada foi de 450 ml, não sendo necessário transfusão em nenhum paciente. A permanência hospitalar média foi de 03 dias. Não houve complicações per-operatórias. No pós-operatório, houve obstrução da SVD em um paciente e outro apresentou íleo prolongado. Um paciente apresentou infecção de ferida operatória O anátomo-patológico confirmou o diagnóstico de HPB em todos os casos. CONCLUSÃO: Os índices de complicações no per e pós-operatório imediato da prostatectomia simples laparoscópica transperitoneal e extraperitoneal nessa série foram comparáveis aos da literatura, tornando esta técnica uma opção para o tratamento da HPB em casos de próstata de grandes volumes.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

189 - PROSTATECTOMIA SIMPLES VIDEOLAPAROSCÓPICA: ACESSO TRANS E EXTRAPERITONEAL

RALPH CORREA DE ALMEIDA; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; PEDRO ROMANELLI DE CASTRO; MARCUS RENATO MARTINS NOGUEIRA; DÉBORA YUMI LOPES FUKINO

 

RESUMO

A prostatectomia simples aberta para a exérese do adenoma, por via transvesical ou transcapsular, tem sido utilizada como alternativa a ressecção transuretral da próstata no tratamento cirúrgico da hiperplasia prostática benigna em casos selecionados, em que a próstata possui um grande volume ou em casos onde coexistem patologias cirúrgicas, como: cálculo de bexiga, divertículo vesical ou hérnia inguinal. Para o tratamento cirúrgico de próstatas de grande volume, recentemente, o uso do holmium laser foi proposto. Porém, na maioria dos centros, a prostatectomia aberta continua a ser o tratamento cirúrgico de escolha nestes casos. Apesar da baixa morbidade e mortalidade da cirurgia aberta, a incisão infraumbilical extraperitoneal é causa de dor e de complicações da parede abdominal no pós-operatório. Com o objetivo de minimizar a morbidade da cirurgia aberta, em 2001, Mirandolino Mariano descreveu a técnica de prostatectomia simples laparoscópica permitindo um tratamento menos invasivo para próstatas com mais de 75 gramas. A técnica cirúrgica envolvia capsulotomia prostática e cistotomia longitudinal, adenomectomia, trigonização da fossa prostática e sutura da cápsula prostática e bexiga. O acesso laparoscópico manteria as vantagens da cirurgia aberta e ainda ofereceria o beneficio de um tratamento minimamente invasivo. O presente vídeo demonstra as técnicas videolaparoscópicas trans e extraperitoneal para abordagem cirúrgica do adenoma prostático, incluindo as vantagens e desvantagens de cada técnica.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

190 - NEFRECTOMIA RADICAL VIDEOLAPAROSCÓPICA EM RIM PÉLVICO COM TUMOR RENAL DE 9,0CM - RELATO DE CASO

MARCELO DE ANDRADE VIEIRA; ELINEY FERREIRA FARIA; DANIEL D. G. SEABRA; ROBERTO DIAS MACHADO; MARCELO DE PAULA BIANCO; SERGIO RIGUETE ZACCHI; JOSE VIEIRA BARRETO JUNIOR

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A ectopia renal é uma malformação congênita decorrente da anormalidade da migração cefálica do rim, ocorre com incidência de (1:500 a 1:1200) nascimentos. A associação entre o carcinoma de células renais e a ectopia renal é extremamente rara. A peculiaridade de um rim pélvico é sua vascularização, a qual provém de ramos arteriais múltiplos, geralmente da aorta e da. Ilíaca. Enquanto a drenagem venosa normalmente se faz por varias tributárias. Ao se realizar a Nefrectomia Radical, em rins pélvicos, são necessárias várias ligaduras vasculares, tanto em ramos artérias quanto venosos em locais anômalos e adversos. Isto faz da intervenção um procedimento desafiador e perigoso, tanto por via aberta quanto laparoscópica. VIDEO: SBS, masculino, 54 anos, com história de hematúria macroscópica há um ano e seis meses com regressão espontânea e recorrência neste período. Há dois meses, evidenciou-se uma massa em flanco direito, pela palpação. Onde os exames de imagens, iniciais, mostrou uma lesão de 9,0 cm em rim direito pélvico. Na seqüência a RNM de abdome confirmou a uma lesão sólida, comprometendo os 2/3 superiores do rim D e múltiplas anomalias vasculares, arteriais e venosas. O paciente foi submetido à Nefrectomia Radical Videolaparoscópica à direita, com ligadura de cinco ramos arteriais e dois venosos. O Anátomo patológico revelou: Carcinoma de células renais, Grau três de Fuhrman, pT2, margens livres. CONCLUSÃO: Apesar de tecnicamente difícil à existência de anomalias vasculares, de número e posição, não são contra-indicações absolutas à realização da Nefrectomia laparoscópica em rins ectópicos pélvicos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

191 - CORREÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE FÍSTULA VESICO VAGINAL - RELATO DE CASO

THIAGO AUGUSTO DE OLIVEIRA; PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; DIOGO AUGUSTO VIEIRA DANTAS; EDUARDO VITOR DE CASTRO

 

RESUMO

A principal causa de fistulas vesico vaginais são as cirurgias ginecológicas. Várias técnicas são descritas no tratamento destas fístulas. O acesso laparoscópico para a realização desta cirurgia tem sido relatado recentemente, e é uma tentativa de minimizar o trauma cirúrgico (diminuir a morbilidade) da via transabdominal utilizada rotineiramente. OBJETIVOS: Descrever a técnica cirúrgica laparoscópica utilizada no reparo de uma fístula vesico vaginal secundária à histerectomia abdominal total em uma paciente de 44 anos. TÉCNICA CIRÚRGICA: A paciente é colocada em posição de litotomia, e cateteres ureterais são clolcados bilateralmente por via cistoscópica; o trajeto fistuloso também é cateterizado. Foram utilizados 6 acessos laparoscópicos no procedimento. A bexiga é aberta em uma incisão inferior que inclui a fistula, e pontos de reparo são utilizados em suas bordas para facilitar a exposição. Tanto o trajeto fistuloso quanto o tecido fibrótico adjacente são excisados, e a vagina e a bexiga são fechadas separadamente com sutura contínua com fio absorvível. Uma camada de omento é interposta entre as linhas de sutura da bexiga e da vagina. Drenos são posicionados e os acessos através dos portais, fechados. CONCLUSÕES: O reparo laparoscópico das fistulas vesico vaginais parece ser procedimento seguro e efetivo. Maior seguimento é necessário para se determinar sua real eficácia a longo prazo.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

192 - ADRENALECTOMIA ESQUERDA VIDEOLAPAROSCÓPICA

THIAGO ANDRADE ALVES; PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; WALDEMAR PENNA; GUILHERME AUGUSTO ALVES DO CARMO

 

RESUMO

A primeira adrenalectomia laparoscópica foi realizada em 1992, por Gagner. Atualmente, essa via de acesso tornou-se padrão ouro para as patologias benignas das glândulas adrenais, permitindo a realização da cirurgia de forma minimamente invasiva. O acesso videolaparoscópico possibilita melhor controle dos pedículos vasculares (especialmente em pacientes obesos), menor morbidade pós-operatória e reduzida permanência hospitalar com retorno precoce às atividades habituais. Lesões adrenais, diagnosticadas de forma casual, maiores que 4 cm, e tumores secretores de hormônio constituem as principais indicações para realização de adrenalectomia videolaparoscópica. Neste vídeo apresentamos o caso de um paciente do sexo masculino, 45 anos, portador de síndrome de Conn. Apresentava-se com Hipertensão Arterial Sistêmica de difícil controle, hipopotassemia e hiperaldosteronismo. A dosagem de catecolaminas e metanefrinas eram normais. A tomografia computadorizada evidenciou tumor em adrenal esquerda medindo aproximadamente 2 cm. Realizada Adrenalectomia esquerda videolaparoscópica com tempo operatório de noventa minutos e sangramento mínimo. Identificadas e ligadas a veia e as artérias adrenais. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, recebendo alta no segundo dia após o procedimento.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

193 - LINFADENECTOMIA EXTENDIDA NA PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA: QUANDO E COMO FAZER

BRENO DAUSTER; PEDRO GOUVEIA; ROGÉRIO EIRADO; MODESTO JACOBINO

 

RESUMO

OBJETIVO: Demonstrar em vídeo a importância em se realizar a linfadenectomia pélvica extendida durante a prostatectomia radical laparoscópica, ilustrando a cirurgia passo a passo. SUMÁRIO: Neste vídeo discutimos os mais novos resultados de pesquisas sobre o implante de metástases nodais por câncer de próstata e demonstramos qual população pode se beneficiar com o aumento da área de dissecção nodal. A técnica operatória da linfadenectomia laparoscópica extendida é demonstrada com demonstração de pontos importantes para se evitar complicações. DISCUSSÃO: A linfadenectomia extendida no câncer de próstata obtém um maior número de linfonodos, além de maior porcentagem de linfonodos positivos, reduzindo a chance de falso negativo. Existe um provável benefício em sobrevida, porém são necessários mais estudos para confirmar seus resultados oncológicos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

194 - PIELOLITOTOMIA VIDEOLAPAROCÓPICA: UMA OPÇÃO MINIMAMENTE INVASIVA AO ACESSO ABERTO

BRENO DAUSTER; CÁSSIO PUGAS; PAULO FURTADO; GABRIEL CRUZ CARNEIRO; MAURÍCIO FUCS

 

RESUMO

OBJETIVO: Demonstrar em vídeo a técnica para realização de pielolitotomia videolaparoscópica através do relato de um caso. SUMÁRIO: Um grande número de hospitais conveniados ao SUS não possui material endoscópico para tratamento de litíase renal. O acesso laparoscópico para tratamento de litíase pode oferecer uma opção minimamente invasiva para o tratamento destes pacientes. Neste vídeo exibimos um relato de caso e demonstramos a técnica empregada para identificação da pelve renal, sua abertura, retirada do cálculo, introdução transcutânea de cateter duplo J e sutura. DISCUSSÃO: A técnica laparoscópica para pielolitotomia oferece uma opção minimamente invasiva ao acesso aberto, é reprodutível e pode ser aplicada em qualquer hospital que possua material laparoscópico básico.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

195 - PIELOPLASTIA LAPAROSCÓPICA: TÉCNICA E PASSAGEM TRANSCUTÂNEA DO DUPLO J

BRENO DAUSTER; PEDRO GOUVEIA; ROGÉRIO EIRADO; MODESTO JACOBINO

 

RESUMO

OBJETIVO: Demonstrar a técnica utilizada para pieloplastia desmenbrada videolaparoscópica e a passagem transcutânea do cateter duplo J. SUMÁRIO: A pieloplastia laparoscópica é uma cirurgia que necessita de noções avançadas de videocirurgia por se tratar de procedimento reconstrutivo. A realização de cateterização prévia do ureter causa descompressão da pelve renal o que pode dificultar a sua dissecção além de aumentar o tempo cirúrgico total devido ao reposicionamento do paciente. Neste vídeo foi descrita a técnica desmembrada de pieloplastia laparoscópica utilizando uma passagem transcutânea de catater duplo J. DISCUSSÃO: Acreditamos que o catater de duplo J deve ser posicionado durante a plastia da pelve renal e a passagem desse por via transcutânea dispensa a utilização de trocartes extras sem extender o tempo operatório.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

196 - PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA: ACESSO TRANSPERITONEAL POSTERIOR

BRENO DAUSTER; ROGÉRIO EIRADO; PEDRO GOUVEIA; MODESTO JACOBINO

 

RESUMO

OBJETIVO: Demonstrar em vídeo a técnica de prostatectomia transperitoneal posterior laparoscópica e seus detalhes técnicos. SUMÁRIO: Neste vídeo demonstramos a via de acesso trasperitoneal posterior dando ênfase aos detalhes anatômicos que orientam a dissecção. Utilizamos uma tesoura ultrassônica para secção dos tecidos e uso de clipes para controle do pedículo vásculo-nervoso. A anastomose utiliza a técnica de sutura contínua com duas agulhas. A abordagem didática e passo a passo pode ajudar na orientação de cirugiões em curva de aprendizado. DISCUSSÃO: A prostatectomia radical videolaparoscópica pode ser realizada por várias vias de acesso, acreditamos porém, que o acesso transperitoneal posterior oferece o melhor ambiente para iniciar-se a curva de aprendizado, pois a dissecção inicial da vesícula seminal facilita uma boa dissecção do colo vesical e preservação dos


Apresentação: Poster

197 - CÂNCER DE PÊNIS - TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO

PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; FLÁVIO AMARO OLIVEIRA BITAR SILVA; WALDEMAR CHAVES NASCIMENTO BRANDÃO PENNA; CAROLINA REIS DE SOUZA MAIA; THIAGO ANDRADE ALVES

 

RESUMO

Câncer de Pênis é uma patologia rara, que acomete predominantemente homens de países em desenvolvimento. Atualmente, o Brasil conta com uma prevalência de 2,1%, concentrados nas regiões norte e nordeste. Em 95% dos casos o tumor é do tipo epidermoide. Os restantes 5% são compostos por metástases de outros órgãos, sarcomas e, por último, melanomas. O diagnóstico é dado pela biópsia da lesão, que se origina na glande ou no prepúcio. Atenção especial deve ser dada à avaliação da extensão local do tumor, atentando-se para a região inguinal e pélvica, na busca de linfonodomegalia. O melhor método para diagnóstico permanece sendo a linfadenectomia inguinal, indicada em casos de biópsia de lesão primária positiva para tumor de alto grau ou T2. Ela pode ter caráter curativo se o anátomo patológico vier livre de lesões metastáticas. Em caso de amostra positiva, está indicada a linfadenectomia pélvica/profunda. Os tratamentos quimio e radioterápicos adjuvantes e neo adjuvantes ainda necessitam de mais dados científicos para definição de eficácia e aplicabilidade. Apresentaremos o caso de um paciente de 34 anos, diagnosticado com um carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado na glande. Em janeiro de 2008 foi realizado a penectomia parcial, removendo a lesão da glande com margens de segurança. O anátomo patológico identificou CEC moderadamente diferenciado, sem invasão de corpos cavernoso e esponjoso. Paciente recebeu antibioticoterapia durante quatro semanas devido a linfadenomegalia inguinal à esquerda. Indicada a linfadenectomia inguinal videoendoscópica superficial e profunda em março de 2008. Como resultado do anátomo patológico obtivemos: 16 linfonodos à esquerda, todos negativos e 09 linfonodos à direita, sendo 2 deles positivos. A linfadenectomia pélvica bilateral videoendoscópica foi então realizada. Obtivemos 21 linfonodos, todos negativos. Durante o acompanhamento ambulatorial do paciente observou-se uma tumoração inguinal à direita, cuja tomografia computadorizada questionou linfadenomegalia. Realizado exérese de nódulo em janeiro de 2008, cujo anátomo patológico concluiu linfocele encistada. Trata-se portanto de um caso de Carcinoma Espinocelular de Penis que foi tratado desde o início de forma minimamente invasiva, obtendo-se até o momento um resultado satisfatório.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

198 - SIMPLIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE NEFROPEXIA LAPAROSCÓPICA UTILIZANDO SISTEMA DE GRAMPEAMENTO AUTOMÁTICO

EDUARDO CAFÉ; ÉRICO NEPOMUCENO; FÁBIO QUINTILIANO; VANESSA BRANCO

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A nefroptose ou ptose renal é caracterizada quando há deslocamento inferior do rim em mais de 05 cm durante a posição supina. É, então, provocado um acotovelamento de hilo renal desencadeando obstrução do sistema coletor ou do fluxo vascular e clinicamente é observada dor em cólica e/ou hematúria. A nefropexia é mandatória quando sintomática e o acesso laparoscópico tornou-se padrão-ouro no tratamento da nefroptose. O princípio técnico da nefropexia consiste em fixar a fáscia de Gerota à fáscia lombodorsal. Na literatura são descritas várias técnicas de fixação através de sutura simples, clipes e telas. Propõe-se um método mais simples para esta fixação. PACIENTES E MÉTODOS: Apresenta-se caso de nefroptose sintomática tratada por nefropexia laparoscópica cuja fixação do rim à parede abdominal foi realizada através de grampos helicoidais de titânio. De fácil aplicação, os grampos são disparados por sistema automático similar aos grampeadores laparoscópicos usuais fixando o grampo à parede semelhante a um parafuso. RESULTADOS: Em relação aos resultados das técnicas descritas na literatura, além da melhora sintomática, observou-se menor tempo cirúrgico e ausência de sangramento o que proporcionaram uma melhor recuperação no pós-operatório. CONCLUSÃO: A utilização de grampos helicoidais ao reduzir o tempo cirúrgico da nefropexia, permite a simplificação do método e consequentemente uma menor morbidade ao procedimento.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

199 - LINFADENECTOMIA INGUINAL VIDEOENDOSCÓPICA EM CÂNCER DE PÊNIS

PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; WALDEMAR CHAVES NASCIMENTO BRANDÃO PENNA; CAROLINA REIS DE SOUZA MAIA; IGOR CÉSAR DUTRA DE SOUSA

 

RESUMO

O câncer de pênis é uma doença agressiva e mutilante, acometendo principalmente homens de países subdesenvolvidos. Sua etiologia ainda não é conhecida, porém existe forte associação com presença de fimose ou excesso de prepúcio, baixa condição socioeconômica, más condições de higiene e infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O principal sítio de metástase é para linfonodos inguinais e ilíacos. Pacientes com câncer de pênis têm linfonodos palpáveis em 58% dos casos ao diagnóstico, sendo que 20% a 40% destes apresentam metástase. No caso de pacientes com linfonodos não palpáveis, 20% apresentam micrometástases em linfonodos inguinais. Como atualmente não existem métodos não invasivos satisfatórios para avaliar o comprometimento metastático dos linfonodos, a linfadenectomia inguinal está indicada no estadiamento e tratamento do câncer de pênis. Suas indicações são: linfonodos palpáveis após curso de antibiótico, tumores > T1, grau de diferenciação > G1 e presença de tumor primário com embolização venosa ou linfática. A linfadenectomia inguinal apresenta complicações significativas, como necrose cutânea, linfedema e lesão vascular. Com o objetivo de diminuir a morbidade cirúrgica foi proposto o acesso video-endoscópico, que permite a reprodução da técnica aberta, além de ser considerado um procedimento minimamente invasivo. O presente trabalho relata o caso de paciente, 35 anos, portador de carcinoma de células escamosas de pênis moderadamente diferenciado, acometendo a glande peniana. O paciente apresentava pequenos linfonodos inguinais palpáveis principalmente à esquerda. Foi submetido a penectomia parcial e o anátomo-patológico revelou tratar-se de um tumor T1G2. Foi indicado linfadenectomia inguinal superficial e profunda bilateralmente e o acesso de escolha foi o video-endoscópico. Realizada preservação da veia safena magna bilateralmente. A cirurgia foi realizada trinta dias após a penectomia. O tempo operatório foi de 3 horas e trinta minutos, com sangramento insignificante. Paciente teve alta hospitalar no 3º dia de pós operatório e o dreno foi mantido por 7 dias. Não houve complicações per ou pós operatórias. O anátomo-patológico evidenciou 9 linfonodos do lado direito, sendo 2 positivos, e 16 linfonodos a esquerda, todos negativos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

200 - PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA TRANSPERITONEAL

FLÁVIO AMARO OLIVEIRA BITAR SILVA; PEDRO ROMANELLI; RICARDO HISSASHI NISHIMOTO; WALDEMAR CHAVES NASCIMENTO BRANDÃO PENNA; CAROLINA REIS DE SOUZA MAIA

 

RESUMO

O câncer de próstata localizado tem sido tratado preferencialmente com a prostatectomia radical retropúbica. Após a descrição dessa cirurgia utilizando o acesso laparoscópico, em 1991, sua realização tem sido crescente. Permite reproduzir os resultados oncológicos da cirurgia aberta com as vantagens da cirurgia minimamente invasiva. Acredita-se na possibilidade de uma melhor preservação da potência e continência devido a magnificação da imagem. Neste vídeo, apresentamos o caso de um paciente de 62 anos, com diagóstico de adenocarcinoma de próstata clinicamente localizado, submetido a prostatectomia radical laparoscópica pelo acesso transperitoneal.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

201 - LINFADENECTOMIA PÉLVICA LAPAROSCÓPICA EM PACIENTES COM CÂNCER PROSTÁTICO CT3 EM USO DE HORMONIOTERAPIA NEOADJUVANTE

EDUARDO CAFÉ; ÉRICO NEPOMUCENO; FÁBIO QUINTILIANO

 

RESUMO

OBJETIVOS: Pacientes com câncer de próstata (CaP) estágio cT3 apresentam risco aumentado para N+. Neste trabalho, analisamos os resultados da linfadenectomia pélvica laparoscópica (LPL) em pacientes com CaP cT3 recebendo hormônio neoadjuvante (HxT) antes da prostatectomia radical (PR). MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizada LPL bilateral em 14 pacientes estágio cT3. Os pacientes estavam em uso de dietilestilbestrol (1mg/dia) há pelo menos 01 mês (1 a 6 meses) e apresentavam cintilografia óssea negativa. RESULTADOS: O PSA inicial variou entre 11 e 60 ng/mL (media = 24 ng/mL). O escore de Gleason na biópsia variou de 5 a 9, e 8 pacientes apresentavam pelo menos um fragmento grau > 4. O tempo operatório foi de 95 minutos + 35 min. O estudo anatomopatológico demonstrou a presença de linfonodos em todos os casos (05 a 18 linfonodos, média=9). Metástase linfonodais foram encontradas em 38% dos casos (5/14). Todos os pacientes com N+ apresentavam PSA inicial >20 ng/mL e grau de Gleason > 4 na biópsia. Os 5 pacientes com N+ tiveram a PR cancelada e permaneceram em HxT exclusivo. CONCLUSÃO: A LPL deve ser realizada em pacientes cT3 recebendo hormônio neoadjuvante e que apresentem PSA inicial > 20 ng/mL e grau de Gleason > 4. Nesta situação, evita-se o tratamento local (PR ou radioterapia) desnecessário em 38% dos casos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

202 - NEFRECTOMIA POLAR SUPERIOR ESQUERDA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DE DUPLICIDADE PIELOURETERAL COMPLETA SINTOMÁTICA COM EXCLUSÃO DO POLO SUPERIOR

LUIS HENRIQUE SERRA MIRANDA; BRUNO MELLO RODRIGUES DOS SANTOS; ANTÔNIO RESENDE NETO

 

RESUMO

A duplicidade pieloureteral completa ou parcial é uma anomalia congênita relativamente comum, com incidência de 1:125 indivíduos. Normalmente, é diagnosticada na infância, e a forma de tratamento depende, basicamente, da função da unidade renal envolvida. Sua apresentação na idade adulta é atípica. Com o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas houve a possibilidade de tratamento desta condição pela via laparoscópica. Neste trabalho, apresentamos o caso de um paciente, masculino, 32 anos, com quadro de ITU de repetição há + 5 anos. Durante a propedêutica inicial com ultrassom, foi identificada duplicidade pieloureteral esquerda. Achado este confirmado pela TC de abdome e pelve que revelou ainda exclusão do pólo superior do rim esquerdo e implante do ureter desta unidade junto à próstata com dilatação ao longo de todo o seu trajeto. O paciente foi submetido a nefrectomia polar superior esquerda videolaparoscópica, com boa evolução pós operatória. Apesar de ser um procedimento de alta complexidade, a nefrectomia polar superior é factível de ser realizada pela via laparoscópica com todos os benefícios inerentes ao método.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

203 - LEIOMIOMA PÉLVICO RESSECADO POR VIDEOLAPAROSCOPIA

MARCELO DE ANDRADE VIEIRA; ELINEY FERREIRA FARIA; DANIEL D. G. SEABRA; ROBERTO DIAS MACHADO; MARCELO DE PAULA BIANCO; SÉRGIO RIGUETE ZACCHI; MARCÍLIO LISBOA VITAL

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A maioria das neoplasias encontradas nas Vesículas Seminais são benignas, as malignas são extremamente raras. Os tumores benignos mais comuns são o Adenoma Papilar, o Cistoadenoma, o Fibroma e o Leiomioma. Na maioria das vezes os pacientes são assintomáticos, porém, podem evoluir até mesmo para quadros de obstrução urinária. Relatamos um caso de Leiomioma pélvico, com provável origem em Vesícula Seminal. VÍDEO: JAL, 57 anos, fora encaminhado ao Serviço por sintomas obstrutivos e irritativos urinários, como disúria, polaciúria, jato fraco e hemospermia esporádica. Ao exame digital do reto havia uma massa média, pouco endurecida, em topografia de Vesícula Seminal esquerda, com provável extensão à parede pélvica. O Ultra-som TR mostrou uma Próstata de 26g, Vesículas Seminais normais e uma massa sólida, ovalada, de contornos lobulados, medindo 3,5 x 3,0 cm, localizada na gordura peri-prostática à esquerda, com plano de clivagem com a próstata e Vesículas Seminais. A RNM de pelve confirmou os achados, mostrando uma impressão no assoalho vesical que deslocava a Vesícula Seminal esquerda súpero-posteriormente, exibindo planos de clivagem com a Próstata. Apresentava PSA de 0,46. A cirurgia fora realizada com a ressecção de um nódulo para vesical de 4,0cm, com Vesículas Seminais livres, via laparoscópica transperitoneal. O tempo operatório foi de 125 min e o sangramento total de 100 ml. No primeiro dia de pós-operatório houve saída de 270 ml de líquido sero-hemático pelo dreno de sucção e no segundo dia não houve débito. No anátomopatológico foi observado um nódulo de 4,0 x 3,5 x 2,5cm com 180g, confirmado pela Imuno-histoquímica como Leiomioma. No follow-up o paciente estava assintomático e com PSA de 0,38. CONCLUSÃO: O Leiomioma pélvico é uma patologia rara, que pode causar sintomas obstrutivos urinários. Sua exérese por laparoscopia é factível além de apresentar ótimos resultados na recuperação do doente.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

204 - TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DE MÚLTIPLOS CÁLCULOS URETERAIS

MÁRCIO GATTI; CARLOS ABIB CURY; JOSÉ GERMANO FERRAZ DE ARRUDA; PEDRO FRANCISCO FERRAZ DE ARRUDA; FERNANDO NESTOR FACIO JR; LUIS CESAR FAVA SPESSOTO; BRENO DAUSTER

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O cálculo ureteral é uma das patologias mais freqüentes na urologia, com prevalência de 1 a 5 % e pico de incidência dos 20 a 50 anos. É duas vezes mais comum no sexo masculino. Cálculos ureterais proximais em homens, maiores que 1 cm, têm uma pobre resposta à LECO(litotripsia extracorpórea por ondas de choque), e em serviços onde não há a ureteroscopia flexível associado ao uso de laser, o tratamento deste fica restrito à cirurgia aberta ou laparoscópica. OBJETIVO: No presente caso demonstramos nossa experiência no tratamento laparoscópico em 2 cálculos ureterais maiores que 1cm, em ureter proximal à direita, separados por uma distancia de 3cm. RELATO DO CASO: O paciente FTP, 25 anos, masculino, apresentava-se com cólica renal de repetição há um ano, devido a 2 cálculos maiores de 1cm em ureter superior à direita, um em nível de apófise transversa de L3 e outro em L4. Foi realizado duas tentativas de LECO sem sucesso, com isso foi proposto a abordagem por via laparoscópica neste caso. No inicio do procedimento cirúrgico foi realizado a colocação de cateter duplo J auxiliada por radioscopia, e em seguida realizada marcação na pele com caneta de tinta permanente na altura do cálculo mais distal. A seguir, o paciente foi posicionado em 450 e fixado à mesa, iniciando-se a passagem dos trocateres. Após o isolamento do ureter, foi identificado o cálculo mais distal, realizando-se a incisão e sua retirada. Posteriormente, através de manobras, o cálculo mais superior foi ordenhado até a altura da incisão para sua retirada. Realizada a sutura do ureter com três pontos em separado com vicryl 4.0. O paciente apresentou boa evolução, tendo alta no 2º PO. DISCUSSÃO: O tratamento laparoscópico para cálculos ureterais maiores que 1cm é completamente factível de sucesso, seguro e eficaz. A indicação do procedimento é a mesma para a cirurgia aberta, e uma ótima opção para serviços públicos onde não há a ureteroscopia flexível com laser. Neste presente caso fica marcado pela curiosidade da apresentação de dois cálculos grandes em ureter retirados por uma pequena incisão.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

205 - NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA EM MASSA RENAL T3 DE 9,0CM

MARCELO DE ANDRADE VIEIRA; ELINEY FERREIRA FARIA; DANIEL D. G. SEABRA; ROBERTO DIAS MACHADO; MARCELO DE PAULA BIANCO; SÉRGIO RIGUETE ZACCHI; FERNANDO BARBIERI

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A nefrectomia parcial está hoje consagrada para tratamento de tumores renais menores que quatro centímetros sendo reprodutível por via laparoscópica. Com o passar do tempo às indicações para tumores maiores foi sendo realizada mantendo os resultados oncológicos e com preservação de função renal. O treinamento dos cirurgiões laparoscópicos durante este período e, agregado a um maior volume cirúrgico acompanhou estas mudanças fazendo com que tumores maiores também possam ser ressecados por esta via de acesso. VÍDEO: Masculino, 62 anos, apresentando quadro de dor lombar há seis meses. Foi encaminhado ao nosso hospital com ultra-sonografia de abdome evidenciando massa em pólo inferior do rim esquerdo. Na Ressonância Nuclear Magnética foi observado uma massa exofítica de 8,2 cm em pólo inferior do rim esquerdo. O restante do estadiamento não demonstrou doença metastática. Estádio clínico T3. Submetido à nefrectomia parcial laparoscópica transperitoneal com quatro trocaters, sem intercorrências. RESULTADO: Tempo cirúrgico de 190 minutos, tempo de isquemia quente de 32 minutos e perda sangüínea estimada de 230 ml. O paciente obteve alta no 4º pós-operatório em excelentes condições. A anatomia patológica evidenciou carcinoma de células claras variante cromófila medindo 9,0cm, sem sinais de invasão de vasos e gordura perirrenal. Margens livres. No seguimento de nove meses não há sinais de recidiva loco - regional ou à distância. CONCLUSÃO: Diversos estudos corroboram o fato de que a nefrectomia parcial laparoscópica para tumores acima de quatro centímetros é factível e oncologicamente aceitável. Acreditamos que as indicações para nefrectomias parciais em tumores maiores devam ser ampliadas em casos selecionados e em equipes experientes.


Apresentação: Poster

206 - EXPERIÊNCIA INICIAL EM URETEROLITOTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM HOSPITAL ESCOLA

MÁRCIO GATTI; CARLOS ABIB CURY; JOSÉ GERMANO FERRAZ DE ARRUDA; PEDRO FRANCISCO FERRAZ DE ARRUDA; FERNANDO NESTOR FACIO JR; LUIS CESAR FAVA SPESSOTO; BRENO DAUSTER

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O cálculo ureteral é uma das patologias mais freqüentes na urologia, com prevalência de 1 a 5 % e pico de incidência dos 20 a 50 anos. A relação homem: mulher é 3:1. Nos últimos anos houve intenso desenvolvimento nas técnicas minimamente invasivas para o tratamento de ureterolitíase, como ureteroscopias semi-rígidas e flexível com uso de laser, LECO(litotripsia extracorpórea por ondas de choque) e laparoscopia. Cálculos ureterais maiores que 1cm apresentam uma pobre resposta à LECO, e em homens quando localizados em ureter médio e superior, em serviços que não possuem o ureteroscópio flexível, o tratamento fica restrito à cirurgia aberta ou laparoscópica. OBJETIVO: No presente trabalho demonstraremos nossa experiência em laparoscopia no tratamento de cálculos ureterais maiores de 1cm localizados em ureter superior e médio em homens. MATERIAIS E MÉTODOS: No período de agosto de 2006 a dezembro de 2008 foram realizadas 10 ureterolitotomias videolaparoscópicas no Hospital de Base da FAMERP _ Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto _ SP. Todos os pacientes do sexo masculino, com idade média de 36 anos(24 _ 56), com cálculos maiores de 1cm, sendo 7 em ureter superior e 4 em ureter médio, isso por que um paciente apresentou 2 cálculos simultâneos. Nos últimos 7 casos foi padronizado a passagem de duplo J guiado por radioscopia, seguida da marcação do cálculo na pele com caneta de tinta permanente. O paciente fica fixado à mesa em 45º, e em todos foi realizada a técnica transperitoneal. RESULTADOS: O tempo cirúrgico médio foi de 286min (120-420), incluindo a passagem de duplo J, e posterior reposicionamento do paciente à mesa cirúrgica. Apresentamos 2 conversões cirúrgicas devido a dificuldade técnica, um o primeiro caso e em outro paciente com obesidade mórbida. A taxa de sucesso foi de 90%, tivemos um caso onde o cálculo migrou pra o rim. O tempo de internação médio foi de 4 dias(2 _ 12). Apresentamos como maior complicação um caso de fistula urinária, o qual não havia sido passado duplo J, que se resolveu com a sua passagem no 2º PO. Em todos os casos foi realizada sutura com pontos separados com vicryl 4.0, sendo retirado o duplo J em 1 mês. Não tivemos nenhum caso de estenose ureteral até o momento. CONCLUSÃO: Concluímos que a laparoscopia é completamente factível, eficaz e segura para a retirada de cálculos ureterais altos, maiores de 1cm, onde a cirurgia aberta seria indicada, principalmente em serviços públicos, como o nosso, que não dispõem de ureteroscopia flexível ou laser. Notamos que o uso de radioscopia e a passagem de duplo J previamente à abordagem laparoscópica aumentam a taxa de sucesso de retirada do cálculo, diminuído significativamente o risco de fistula urinária, e com isso melhorando a curva de aprendizado.


>Apresentação: Tema e Vídeo livre

207 - CIRURGIAS UROLÓGICAS LAPAROSCÓPICAS TRANSUMBILICAIS

ANÍBAL WOOD BRANCO; WILLIAM KONDO; LUCIANO CARNEIRO STUNITZ; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO

 

RESUMO

A cirurgia laparoscópica tem sido amplamente utilizada para uma variedade de procedimentos reconstrutivos e ablativos do trato urinário. Tipicamente, cirurgias laparoscópicas avançadas têm sido realizadas utilizando vários portais (três a seis) inseridos por acesso transperitonial ou retroperitonial. Os recentes avanços no campo da laparoscopia têm sido direcionados a redução da morbidade e melhora do efeito cosmético. Isto inclui o uso da minilaparoscopia, o uso da cirurgia por orifícios naturais e o acesso transumbilical. Trocartes chamados de single port têm sido desenvolvidos para permitir a introdução de vários instrumentos laparoscópicos flexíveis através de uma única incisão abdominal, mas eles aumentam os custos da cirurgia. Este vídeo demonstra a realização de cinco procedimentos urológicos (três nefrectomias, uma adrenalectomia e uma ressecção de massa retroperitonial) por via laparoscópica transumbilical utilizando equipamentos cirúrgicos da laparoscopia convencional.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

208 - FLAP DE BOARI LAPAROSCÓPICO

ANÍBAL WOOD BRANCO; WILLIAM KONDO; LUCIANO CARNEIRO STUNITZ; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO

 

RESUMO

O flap de Boari pode ser necessário para unir longos defeitos do ureter médio e proximal à bexiga. Este vídeo demonstra a construção laparoscópica do flap de Boari em uma paciente com estenose ureteral devido à ureterolitíase. Os principais passos do procedimento foram a identificação e ressecção do segmento de ureter estenosado, a espatulação do ureter seccionado, a confecção do flap com a parede vesical, a anastomose do ureter ao flap, a passagem do cateter duplo J através da anastomose, o fechamento do flap sobre o cateter e o fechamento da bexiga.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

209 - NEFROLITOTOMIA ANATRÓFICA LAPAROSCÓPICA

ANÍBAL WOOD BRANCO; WILLIAM KONDO; LUCIANO CARNEIRO STUNITZ; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO

 

RESUMO

A nefrolitotomia anatrófica é um procedimento em que uma incisão no parênquima é realizada no plano intersegmental, permitindo a remoção de grandes cálculos renais. Neste vídeo demonstra a realização de uma nefrolitotomia anatrófica laparoscópica. O procedimento foi realizado em uma paciente com 9 cálculos em cálices renais e pelve renal, sendo um caso desfavorável para nefrolitotomia percutânea. Após dissecção dos vasos renais e mobilização do todo o rim, este foi envolvido por um saco laparoscópico. Uma incisão de 3cm foi realizada na região lombar para poder inserir gelo na cavidade para obter isquemia hipotérmica renal. Os vasos renais foram clampeados utilizando um clamp vascular laparoscópico. A nefrotomia foi realizada na linha de Brodel e os cálculos foram retirados. A incisão renal foi fechada com fio de polidioxanona 3-0 por meio de uma sutura contínua.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

210 - NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA BILATERAL TRANSUMBILICAL

ANÍBAL WOOD BRANCO; WILLIAM KONDO; LUCIANO CARNEIRO STUNITZ; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO

 

RESUMO

A nefrectomia laparoscópica está indicada no tratamento da maioria das doenças renais benignas em que há perda permanente da função renal. Com o objetivo de diminuir a morbidade da cirurgia, alguns autores têm relatado o uso da minilaparoscopia, da cirurgia por orifícios naturais e da via de acesso laparoscópica transumbilical. Neste vídeo demonstramos o uso do acesso laparoscópico transumbilical para a realização de nefrectomia bilateral.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

211 - PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA PÓS PROSTATECTOMIA TRANSVESICAL

ANÍBAL WOOD BRANCO; LUCIANO CARNEIRO STUNITZ; WILLIAM KONDO; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO

 

RESUMO

A prostatectomia transvesical é uma cirurgia indicada em casos de grandes adenomas prostáticos, associados ou não à patologia vesical. Na eventualidade de um câncer de próstata subseqüente, pode haver maior aderência e fibrose em decorrência da cirurgia prévia, o que é um fator limitador para a prostatectomia radical. Neste vídeo demonstramos um caso de prostatectomia radical laparoscópica em um paciente previamente submetido à prostatectomia transvesical.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

212 - ACESSO EXTRAPERITONEAL PARA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA RENAL

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A abordagem transperitoneal foi e é por nós recomendada. No entanto a abordagem extraperitoneal é uma alternativa que devemos dominar. Este video objetiva demonstrar o acesso ao rim pela via extraperitoneal. MATERIAL E MÉTODO: Utilizou-se um paciente com estenose de junção pieloureteral direita para demosntrar a abordagem. São apresentados os pontos de referencia mais importantes na dissecção com a borda do psoas, a identificação do peritôneo visto por traz, a identificação do rim com retirada da gordura sem abrir o peritôneo e a exposição da pelve renal. CONCLUSÃO: A sistematização dessa abordagem a torna uma alternativa atrativa, eficiente e recomendada.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

213 - CISTOPROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A cistoprostatectomia radical laparoscópica é uma das intervenções mais invasivas em urologia. Neste video apresentamos a técnica cirúrgica da ISCMPA (Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre) para realização deste procedimento. MÉTODO: Utiliza-se um número de portais que pode variar de 4 a 6. É necessário colocá-los um pouco mais acima da posição utilizada para a prostatectomia radical laparoscópica para facilitar a linfadenectomia e o acesso ao intestino para a confecção da derivação urinária. CONCLUSÃO: A cistectomia radical laparoscópica com derivação por ureterostomia cutânea é possivel. A via laparoscópica tem potencial para reduzir a grande morbidade inerente este procedimento quando realizado por via aberta convencional.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

214 - DIVERTICULECTOMIA TRANSVESICAL LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: O divertículo de bexiga pode ter colo estreito ou amplo, decorrendo daí sua importância clínica, pois aqueles que se esvasiam com dificuldade constituem sede de estase urinária e risco de infecção. O objetivo é demosnstrar a técnica de exerese por via laparoscópica. MÉTODO: Este video apresenta o caso de um paciente masculino tratado transvesicalmente com uma abordagem laparoscópica, demonstrando a abertura da bexiga, a identificação do colo do diverticulo, a eversão, resseção, bem como o fechamento do colo do divertículo e da bexiga. CONCLUSÃO: A diverticulectomia laparoscópica é um método para tratamentos de divertículos vesicais sintomáticos sendo uma cirurgia segura e eficaz.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

215 - NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Nefrectomia parcial laparoscópica é uma alternativa à cirurgia aberta. Inicialmente limitada a tumores pequenos e exofíticos e agora utilizada em tumores maiores. Este video objetiva demonstrar uma das maneiras de realizar este procedimento com segurança. MÉTODO: Entre junho de 1997 e dezembro de 2008 foram realizadas 43 nefrectomias parciais laparoscópicas para massas renais entre 2 e 9,5 cm. Os procedimentos foram realizados por via transperitoneal, com controle do pediculo renal, medida do tempo de isquemia quente, hemostasia com sutura usando fios ou fios com Hem-o-lock e acolchoamento com surgical. CONCLUSÃO: A técnica laparoscópica permite reproduzir a cirurgia aberta com as vantagens das técnicas minimamente invasivas não dispensando a curva de aprendizado.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

216 - NEFROURETERECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Reportar nossa experiência com heminefrectomia laparoscópica usando a via transperitoneal. MÉTODOS: De setembro de 1998 a dezembro de 2008, 43 heminefrectomias foram realizadas, sendo 29 no sexo feminino e 14 no sexo masculino, com idades entre 3 e 35 anos com media de 14 anos. Os procedimentos foram, 39 heminefrectomias polares superiores e 4 polares inferiores com ureterectomia parcial ou total. As cirurgias foram realizadas usando a via de abordagem transperitoneal. RESULTADOS: Seguimento de 6 meses a 5 anos com média de 2 anos , tempo operatório de 90 a 200 minutos com média de 140 min. Complicações foram observadas em 12 % dos pacientes. Dois pacientes tiveram drenagem urinaria por uma semanas que se resolveu expontanenamente. Um paciente sofreu abertura acidental do diafragma que foi identificado e suturado. A internação foi de 2 a 5 dias com media de 3 dias. CONCLUSÃO: Heminefrectomia pode ser feita como boa alternativa em doença benigna com minima morbidade, melhor resultado cosmÉtico e menor tempo de internação.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

217 - PROSTATECTOMIA SIMPLES LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: A utilização de técnicas minimamente invasivas vem crescendo nos ultimos anos no tratamento da hyperplasia prostática benígna mesmo com o surgimento de medicamentos novos eficazes. Este video objetiva mostrar a técnica laparoscópica utilizada em próstatas com mais de 80 gramas e sintomáticas. MATERIAL E MÉTODO: No período de 1997 a 2008 foram realzadas 200 prostatectomias simples por laparoscopia. A aborgagem foi feita por via transperitoneal e extraperitoneal sendo a via transperitoneal a mais utilizada em casos de próstatas com mais de 150 gramas por apresentar um campo maior. CONCLUSÃO: A abordagem laparoscópica demosntrou ser uma boa alternativa no tratamento de hyperplasia prostática em casos de próstatas grandes.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

218 - REIMPLANTE URETERAL LAPAROSCÓPICO

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A laparoscopia tem sido utilizada não somente com fins diagnósticos e extirpativos mas tambem como tecnica de reconstrução. Este video tem como objetivo demonstrar a sua utilização em reimplante ureteral. MÉTODO: Paciente obeso, transplantado apresentando perda progressiva da função renal por obstrução. Melhorou com a colocação de cateter de duplo J e então foi submetido ao reimplante com abordagem transperitoneal. CONCLUSÃO: O método se mostrou como uma alternativa técnica.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

219 - SACROCOLPOPEXIA POR LAPAROSCOPIA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Prolapso vaginal ocorre após histerectomia devido a debilidade dos ligamentos cardinais. Nesta situação a bexiga participa. Esta condição pode ser corrigida por uma sacrocolpopexia abdominal com a utilização de uma tela com auxilio da laparoscopia. Este video é para demonstrar a técnica da sacrocolpopexia laparoscópica. MÉTODO: A técnica utilizando a laparoscopia é feita na posição supina com as pernas fletidas e em Trendelemburg. Cinco portais de trabalho são colocados na parede abdominal inferior. Uma incisão é feita no peritoneo, do lado direito do sigmoide que é deslocado para o lado esquerdo permitindo a exposição do promontório. Os ligamentos sacrais do promontório são expostos. Uma valva é colocada na vagina para elevar o ápice e uma incisão do peritoneo é feita a esse nível da cupula vaginal para exposição. Uma tela de Marlex de 2cm por 6 cm é inserida e suturada na parede vaginal e fixada nos ligamentos sacrais do promontório usando Ethibond. Esta tela permite elevar a cupula vaginal e manter o eixo sem tensão. CONCLUSÃO: A laparoscopia permite a realização desta cirurgia em um tempo cirurgico razoavel, com os benefícios de uma técnica minimamente invasive.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

220 - URETERÓLISE POR VIA LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCOS VINICIUS TEFILLI; ISIDORO HENRIQUE GOLDRAICH; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Fibrose retroperitoneal é uma patologia inflamatória incomum sendo de etiologia infecciona, neoplásica, hemorrágica, secundária ao uso de medicamentos ou idiopática. Este video visa demonstrar a técnica laparoscópica utilizada para corrigir a patologia. METODO: Paciente com perda do rim direito há 6 anos por patologia retroperitoneal não diagnosticada. Agora com insuficiencia renal obstrutiva em uso de duplo J com exames mostrando massa retroperitoneal sugestiva de fibrose retroperitoneal envolvendo o ureter esquerdo. A cirurgia é realizada por laparoscopia. CONCLUSÃO: O uso da laparoscopia demonstrou ser uma alternativa para a ureterólise permitindo adequado diagnóstico e diminuição da morbidade desse procedimento.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

221 - ACESSO TRANSPERITONEAL PARA PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MARCELO CABRAL LAMY DE MIRANDA; MARCIO MAIA LAMY DE MIRANDA; GILVAN NEIVA FONSECA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A prostatectomia radical laparoscópica vem sendo utilizada cada vez mais no Brasil . No ultimo ano chegaram 4 robôs para aumentar ainda mais o interesse pela laparoscopia. Como temos muitos estados brasileiros que somente a longo prazo terão acesso a essa tecnologia, no Brasil como na França , a laparoscopia sem o uso do robô continua a ser praticada nos estados que não têm esse auxílio. Este video objetiva demonstrar a via transperitoneal. MÉTODO: Posicinamento do Paciente, dos trocartes, abertura do peritôneo e dissecção das vesiculas seminais, mobilização da bexiga, tratamento do complexo da veia dorsal, separação da próstata da bexiga, dissecção dos feixes vasculo nervosos, secção da uretra e anastomose uretrovesical. CONCLUSÃO: A prostatectomia radical laparoscópica por via transperitoneal é um método seguro, eficiente e necessita do cumprimento da curva de aprendizado.


Apresentação: Poster

222 - AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO EM LAPAROSCOPIA UROLÓGICA DURANTE A RESIDÊNCIA

BERTRAND GARCIA; RODRIGO QUINTELA SOARES; GUSTAVO MARELLI DE CARVALHO; FELIPE REIS CALDEIRA; MARCELO MIRANDA SALIM

 

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o processo de aprendizado do residente de urologia em laparoscopia urológica durante a residência em um hospital com serviço de laparoscopia urológica estruturada. MATERIAIS E MÉTODOS: Realizado avaliação retrospectiva de todos os casos de cirurgia laparoscópica urológica operados pelos residentes do ultimo ano. Foram avaliados tipos de cirurgia, via de acesso, complicações graves e taxa de conversão. RESULTADOS: O processo de aprendizado em laparoscopia inicia-se desde o primeiro ano da residência com práticas em caixa preta e auxílio nos procedimentos. No último ano o residente realiza os procedimentos sob supervisão de um membro do staff (RQ) em graus progressivos de complexidade. Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 foram realizados 122 procedimentos cirúrgicos laparoscópicos pelos quatro residentes do terceiro ano. Os procedimentos realizados foram: 43 casos de pielolitotomia / ureterolitotomia, 14 casos de pieloplastia, 13 casos de nefrectomia, 17 casos de cisto renal simples, 30 casos de prostatectomia radical e 5 casos de prostatectomia simples. As taxas de complicações graves foram 2%(três casos) e de conversão foram de 4%(cinco casos). Todos os quatros residentes terminaram a residência capacitados a executar procedimentos laparoscópicos urológicos habituais. Dois residentes saíram capacitados a executar procedimentos complexos. CONCLUSÃO: A formação do residente de urologia em laparoscopia urológica durante a residência ocorre de maneira natural e com baixos índices de complicações em um serviço com atividade laparoscópica rotineira e estruturada.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

223 - FEOCROMOCITOMA: SEGUIMENTO A LONGO PRAZO DE 24 PACIENTES SUBMETIDOS A ADRENALECTOMIA LAPAROSCÓPICA

TIAGO MOURA RODRIGUES; LÍSIAS NOGUEIRA CASTILHO; FABIANO ANDRÉ SIMÕES; ANDRÉ MEIRELLES DOS SANTOS; FÁBIO GUIMARÃES; FLÁVIO AUGUSTO PAULATTI FREDERICO; CARLOS ALBERTO DOS SANTOS JUNIOR

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Feocromocitomas são tumores derivados de células cromafins que geralmente secretam catecolaminas e causam hipertensão. O diagnóstico clínico de feocromocitoma depende da presença de produção excessiva de catecolaminas. Os exames de imagem usualmente utilizados na avaliação pré-operatória são CT, RM e cintilografia com 131I-MIBG. A ressecção cirúrgica é o tratamento definitivo para os pacientes com feocromocitoma. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados de longo prazo de 24 pacientes submetidos a adrenalectomia laparoscópica para tratar o feocromocitoma. PACIENTES E MÉTODO: Entre janeiro de 1995 e setembro de 2006, 24 pacientes com feocromocitoma foram submetidos a adrenalectomia laparoscópica. Vinte (83,3%) pacientes tinham hipertensão arterial. Os critérios de inclusão de pacientes neste estudo retrospectivo foram a cirurgia laparoscópica, a presença de tumor adrenal unilateral ou bilateral, o diagnóstico anatomopatológico de feocromocitoma e um período de seguimento mínimo de 18 meses. RESULTADOS: Complicações intra-operatórias ocorreram em 4 (16,7%) pacientes. Dois (8,3%) pacientes apresentaram complicações pós-operatórias. Dois pacientes (8,3%) receberam transfusão sangüínea. O tempo médio de internação hospitalar foi de 3,8 dias (1 a 11 dias). Dezoito (90%) dos vinte pacientes hipertensos tiveram sua pressão arterial normalizada imediatamente após a cirurgia. Em um paciente os níveis elevados de pressão arterial permaneceram inalterados. Em outro paciente a hipertensão tornou-se moderada, bem controlada com droga anti-hipertensiva. CONCLUSÕES: Nossos resultados confirmaram que a adrenalectomia laparoscópica para o tratamento do feocromocitoma é um procedimento seguro e eficaz, com os benefícios do tratamento minimamente invasivo. Neste estudo, os bons resultados iniciais obtidos em 24 pacientes foram confirmados depois de um seguimento médio de 74 meses.


Apresentação: Poster

224 - SÍNDROME VIRILIZANTE PURA SECUNDÁRIA A ADENOMA DE ADRENAL - RELATO DE CASO

TIAGO MOURA RODRIGUES; LÍSIAS NOGUEIRA CASTILHO; CARLOS AUGUSTO DE BASTOS VARZIM; ALEXANDRE SOARES GRIECO; FLÁVIO AUGUSTO PAULATTI FREDERICO; FÁBIO GUIMARÃES; LUCAS ZEPONI DAL´ACQUA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Virilização é a combinação de hirsutismo com sinais de masculinização. As principais causas de hiperandrogenismo em mulheres adultas são: síndrome dos ovários policísticos (75%), hirsutismo idiopático (15%) e hiperplasia adrenal congênita (3%). Causas menos comuns incluem síndrome de Cushing, tumores ovariano ou de supra-renal. A síndrome virilizante sem evidências clínicas ou metabólicas do hipercortisolismo deve levantar suspeita de tumor secretor de testosterona ovariano ou da glândula supra-renal, sendo este, extremamente raro. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 75 anos, com história de aumento da pilificação em tórax, abdômen, dorso, membros e face, acompanhado de alopecia androgênica há cerca de 15 anos (Figura 1 - 4). Portadora de hipertensão arterial de difícil controle e diabetes mellitus. Exames complementares evidenciaram estado hiperandrogênico: testosterona total: 5,31 ng/ml (VN: 0,06 _ 0,82), testosterona livre: 17 ng/ml (VN: 0,29 _ 1,73); DHEA e DHEA-S normais. TC abdominal: imagem nodular em adrenal direita com atenuação homogênea, medindo 3,2 x 3,0 cm, levando a hipótese de tumor funcionante de adrenal produtor de testosterona (Figura 5 e 6). Apresentava dosagem de ac. vanilmandélico, metanefrinas urinárias, cortisol plasmático e urinário normais, afastando os diagnósticos de feocromocitoma e Cushing. Submetida a adrenalectomia direita vídeo-laparoscópica, apresentando boa evolução no pós-operatório. Anátomo patológico confirmou o diagnóstico de adenoma de supra-renal (Figura 7). Seis meses após a cirurgia, mostrava redução significativa do hirsutismo e dosagem de testosterona total de 0,08 ng/ml. DISCUSSÃO: A hipersecreção de hormônios esteróides pode afetar severamente a qualidade de vida. Na síndrome virilizante pura as pacientes se apresentam com alteração no timbre da voz, hirsutismo e oligomenorréia. O diagnóstico se baseia na dosagem sérica de hormônios esteróides e em estudos de imagem. Os tumores adrenais virilizantes se associam a níveis elevados de testosterona, DHEA e DHEA-S na maioria dos casos, enquanto os níveis de glicocorticóides e seus metabólitos urinários são geralmente normais. O tamanho da lesão e a mensuração das unidades Hounsfield pela tomografia computadorizada persistem como principais indicadores de malignidade. Ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha. As indicações clássicas de adrenalectomia consistem em tumores funcionantes e tumores potencialmente malignos. A técnica vídeo-laparoscópica é a primeira opção na maioria dos casos, sendo atualmente considerada padrão ouro para as abordagens cirúrgicas da glândula adrenal. Na síndrome virilizante, o citrato de ciproterona foi descrito como modalidade terapêutica de sucesso, com supressão dos níveis hormonais e regressão tumoral. CONCLUSÃO: Os pacientes portadores de tumores funcionais apresentam melhora significativa da qualidade de vida após a adrenalectomia. A laparoscopia é considerada padrão ouro para abordagens cirúrgicas da glândula adrenal.


Apresentação: Poster

225 - ADRENALECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA O TRATAMENTO DE METÁSTASE ÚNICA DE CÂNCER DE PULMÃO DE CÉLULAS NÃO-PEQUENAS - RELATO DE QUATRO CASOS

TIAGO MOURA RODRIGUES; LÍSIAS NOGUEIRA CASTILHO; FABIANO ANDRÉ SIMÕES; ALEXANDRE SOARES GRIECO; FLÁVIO AUGUSTO PAULATTI FREDERICO; FÁBIO GUIMARÃES; LUCAS ZEPONI DAL'ACQUA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP) em estágio inicial, sem acometimento de linfonodos mediastinais (estágios I e II), recebem tratamento cirúrgico como a primeira opção de tratamento, com propósito curativo. Alguns desses pacientes desenvolvem metástase única em adrenal e podem ser submetidos à adrenalectomia. Descrevemos quatro casos de pacientes com diagnóstico de CPCNP com metástase única para glândula adrenal, que foram submetidos à adrenalectomia laparoscópica transperitoneal. RELATO DOS CASOS: Caso 1: R.S.M., 68 anos, sexo feminino, branca, fumante. Em início de 1997, foi submetida a tratamento cirúrgico de lesão pulmonar (CPCNP), com propósito curativo. Cerca de seis meses após a cirurgia surgiu uma lesão metastática única, de 3cm, em glândula adrenal direita. Foi realizada a adrenalectomia laparoscópica transperitoneal em 65 minutos, com facilidade. O exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de metástase de CPCNP, com margens cirúrgicas livres. A paciente recebeu alta hospitalar no 1º pós-operatório e ficou assintomática por seis meses. Após este período, surgiram metástases pulmonares e cerebrais. A paciente faleceu dez meses depois da adrenalectomia. Caso 2: A.C., 46 anos, sexo masculino, branco, fumante. Em 1998, concomitantemente com o diagnóstico de câncer de pulmão de células não-pequenas, apresentou uma lesão metastática única de 4cm em adrenal direita. Foi submetido inicialmente a radioterapia de tórax. Algumas semanas depois foi submetido à adrenalectomia laparoscópica. O tumor invadia as estruturas vizinhas grosseiramente, ocorrendo lesão de veia lombar junto à veia cava inferior na tentativa de ressecção, sendo necessário converter para cirurgia aberta. O exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de metástase de CPCNP, com margens comprometidas. O paciente evoluiu com recidiva local e metástase cerebral, falecendo oito meses após a cirurgia. Caso 3: M.K., 67 anos, sexo feminino, amarela, fumante. Foi submetida à cirurgia torácica com intenção curativa para CPCNP em 1999. No primeiro seguimento oncológico, aos três meses de pós-operatório, foi diagnosticado um tumor adrenal direito de 2,5cm, confinado à glândula, com aspecto homogêneo, sugerindo adenoma não-funcionante. Não havia evidências de metástases em outros sítios. Foi realizada a adrenalectomia direita laparoscópica com facilidade, em 60 minutos. O exame anatomopatológico revelou tratar-se de metástase de CPCNP, com margens livres. Depois de seis meses surgiram outros focos metastáticos e a paciente veio a falecer cerca de um ano após a adrenalectomia. Caso 4: P.A.G., 62 anos, sexo masculino, branco, ex-fumante. O paciente foi submetido à ressecção cirúrgica de CPCNP, em 1999, com propósito curativo. Pouco mais de um ano depois, foi realizada a adrenalectomia laparoscópica direita para ressecção de metástase única de 3cm. A cirurgia durou 3 horas porque houve dificuldade de separar a glândula da veia cava inferior, o que ocorreu com sucesso. O exame anatomopatológico confirmou a natureza metastática do tumor. O paciente não apresentou qualquer recidiva depois de cinco anos de acompanhamento e foi considerado curado. CONCLUSÕES: A cirurgia laparoscópica tem se mostrado como a via de acesso mais favorável para a abordagem da glândula adrenal, quando comparada com a via aberta. Tivemos a oportunidade de operar apenas quatro casos de metástase de câncer de pulmão de células não-pequenas entre 1994 e 2007, o que ratifica a raridade desta apresentação. Dois eram de doença sincrônica e os outros dois de doença metacrônica. A sobrevida livre de doença encontrada neste estudo foi de 25% depois de cinco anos. No entanto, apesar de este número estar de acordo com os da literatura internacional, o pequeno número de casos não permite tirar conclusões definitivas.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

226 - TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DO URETER RETROCAVA: EXPERIÊNCIA COM SEIS CASOS

TIAGO MOURA RODRIGUES; LÍSIAS NOGUEIRA CASTILHO; FABIANO ANDRÉ SIMÕES; JOSÉ COCISFRAN MILFONT; ANDRÉ MEIRELLES DOS SANTOS; THIAGO MUSSATO CARCINONI; FLÁVIO AUGUSTO PAULATTI FREDERICO

 

RESUMO

O ureter retrocava trata-se de uma malformação congênita relativamente rara que resulta na compressão do ureter proximal pela veia cava inferior. O objetivo do estudo foi relatar a experiência no reparo laparoscópico de 6 casos de ureter retrocava através de 2 vias de acesso: retroperitoneal e transperitoneal. O tempo cirúrgico médio foi de 90 minutos, não havendo diferença entre os acessos retro ou transperitoneal. Todos os pacientes receberam dieta no primeiro dia de pós- operatório e alta hospitalar no segundo dia. Foi realizado controle após 3 meses através de urografia endovenosa com dilatação mínima e cintilografia renal com ácido dietilenotriaminopentacético (DTPA) sem sinais de obstrução. Os pacientes foram seguidos por um período de até 120 meses, estando todos assintomáticos. A laparoscopia pode ser considerada um procedimento padrão para o tratamento do ureter retrocava, uma vez que estudos demonstram a superioridade desta quando comparada à cirurgia aberta; sendo o acesso retro ou transperitoneal uma escolha pessoal do cirurgião de acordo com sua experiência e prática.


Apresentação: Poster

227 - NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCÓPICA PASSO A PASSO

MAURICIO RUBINSTEIN; IRINEU RUBINSTEIN; RICARDO DIGIOIA; FILIPE LEAL; EDUARDO LEZE; ADRIAN JARA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Nefrectomia Parcial aberta é o padrão ouro de tratamento para os tumores renais menores de 4cm. As indicações da Nefrectomia Parcial Laparoscópica (NPL) dependem muito da experiência adquirida pela equipe laparoscópica. Geralmente não diferem muito da cirurgia aberta, ou seja, tumores renais com menos de 4 cm, acessíveis anatomicamente. OBJETIVO: descrever e demonstrar passo a passo a técnica da Nefrectomia Parcial Laparoscópica (NPL) com o uso de sutura e surgicel, sem a utilização de energia e/ou métodos de hemostasia adjuvantes. MATERIAL E MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 56 anos de idade, apresentou diagnóstico de lesão tumoral renal de pólo superior de rim E de 3,8cm (Ultrassonografia de vias urinárias / Tomografia computadorizada). O diagnóstico pré-operatório foi de Cisto renal complexo Bosniak III. O paciente foi posicionado em decúbito lateral. Foi realizada NPL através de acesso transperitonial com utilização de 5 ports laparoscópicos. Os tempos cirúrgicos foram: 1) dissecção de pedículo renal; 2) clampeamento de hilo renal; 3) Ressecção fria de tumoração renal; 4) Sutura contínua de base tumoral; 5)Uso de surgicel + suturas para fechamento renal. RESULTADO: A cirurgia foi realizada com sucesso em 3h 20 minutos e o tempo de isquemia quente foi de 42 minutos. A retirada do tumor fo realizda atarvés de incisão de 3 cm em região paramediana esquerda. O sangramento estimado foi de 150ml e o tempo de internação hospitalar foi de 72 horas. O exame anatomopatológico da peça cirúrgica revelou carcinoma de células claras renais, furhrman II. CONCLUSÃO: A NPL está se aprimorando como técnica cirúrgica e opção de tratamento para o carcinoma renal. As indicações estão expandindo para tumores maiores, infiltrantes e de difícil localização.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

228 - NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM DOENÇA INFLAMATÓRIA RENAL

MAURICIO RUBINSTEIN; ANDRÉ CAVALCANTI; ANTONIO TAVARES; ADRIAN JARÁ; EDUARDO LEZE; IRINEU RUBINSTEIN

 

RESUMO

OBJETIVOS: A Laparoscopia vem crescendo e suas indicações expandindo à medida que a experiência cirúrgica cresce. Casos complexos e de maior morbidade estão sendo realizados através da técnica e são descritos na literatura recente. A nefrectomia por doença benigna com abordagem laparoscópica tornou-se uma opção tecnicamente viável, com vantagens sobre a abordagem convencional, quando indicada a remoção do rim. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente do sexo feminino, 43 anos procurou atendimento médico devido à história de litíase renal associada à infecção urinária de repetição. Apresentou diversos episódios de pielonefrite ao longo da vida. A paciente apresentava perda da unidade renal aos exames complementares (tomografia computadorizada e cintilografia renal). A paciente foi submetida após esclarecimento prévio a Nefrectomia laparoscópica transperitonial com utilização de cinco trocartes. RESULTADOS: A paciente foi posicionada em decúbito lateral. O procedimento cirúrgico foi realizado através de acesso transperitonial, com técnica de punção fechada (Veres). Após rebatimento de cólon, foram observadas, durante o procedimento, muitas aderências ao rim, o que torna a Nefrectomia para doença inflamatória um procedimento de grau de dificuldade maior. O tempo operatório foi de 150 minutos. A perda sanguínea foi inferior a 100 ml. A drenagem no pós-operatório foi mínima. Não houve complicação relacionada ao caso descrito. O tempo de hospitalização foi de dois dias. CONCLUSÃO: A laparoscopia é uma boa opção para a abordagem de rins inflamatórios. Os pacientes são beneficiados com uma menor morbidade e menor tempo de hospitalização se comparada à técnica aberta convencional. É necessário experiência para abordagem destes rins inflamatórios devido ao grau de aderências a órgãos adjacentes.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

229 - PIELOLITOTOMIA LAPAROSCÓPICA

MAURICIO RUBINSTEIN; IRINEU RUBINSTEIN; PAULO HENRIQUE RABELLO; ANTONIO TAVARES; ADRIAN JARA

 

RESUMO

OBJETIVOS: A maioria dos cálculos renais é tratada através da cirurgia percutânea e/ou litotripsia extracorpórea. Alguns cálculos grandes ainda têm indicação rara de cirurgia aberta convencional. Nestes pacientes, a laparoscopia se mostra uma opção para tal procedimento cirúrgico. Os autores apresentam um vídeo de uma Pielolitotomia realizada por laparoscopia. MATERIAL E MÉTODOS: Paciente de 65 anos apresentava cálculo de 4,5cm localizado em pelve renal direita aos exames complementares. Foi optado por acesso laparoscópico devida a posição favorável da pelve renal (extra renal) do paciente. Foi assinado um consentimento informado. O paciente foi posicionado em decúbito lateral, realizado pneumoperitônio através de técnica fechada (Veress) e posteriormente foram posicionados 3 trocares (2 de 10mm e 1 de 5mm). A pelve renal foi dissecada inicialmente após rebatimento de cólon direito e foi realizada uma incisão longitudinal sobre a pelve/cálculo. Após a extração do cálculo foi trocado o cateter ureteral "duplo J" colocado anteriormente e suturado o ureter com fio vycril 4.0 por via laparoscópica. RESULTADOS: O procedimento foi realizado com sucesso e o tempo operatório foi de 75 minutos. Não houve qualquer complicação no per e no pós operatório. O paciente teve alta no 3º dia de pós-operatório. CONCLUSÃO: A Pielolitotomia Laparoscópica é efetiva, segura e representa uma boa opção terapêutica para alguns cálculos renais.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

230 - PIELOPLASTIA LAPAROSCÓPICA: ASPECTOS TÉCNICOS

MAURICIO RUBINSTEIN; IRINEU RUBINSTEIN; ANDRÉ CAVALCANTI; ANTONIO TAVARES; ADRIAN JARÁ; FILIPE LEAL; WILTON PORTELA

 

RESUMO

OBJETIVOS: A pieloplastia é a terapêutica clássica para a obstrução da junção ureteropiélica, com índices de sucesso em longo prazo superiores a 90%. A técnica laparoscópica se tornou nos últimos anos a técnica "ouro" para o tratamento desta patologia, demonstrando resultados semelhantes à cirurgia aberta convencional aliada a uma menor morbidade cirúrgica e pós-operatória. MATERIAL E MÉTODOS: Neste vídeo apresentamos os passos fundamentais da técnica desmembrada em face da etiologia presente. Paciente do sexo masculino, 44 anos, procurou atendimento médico devido a dor lombar associada a náuseas e vômitos. Aos exames complementares (urografia excretora e cintilografia renal) apresentava estenose de junção uretero-piélica no lado esquerdo. Foi orientado a ser submetido a procedimento por via laparoscópica. RESULTADOS: O paciente foi submetido ao procedimento laparoscópico através de acesso transperitonial, com posicionamento em decúbito lateral. Após rebatimento de colon foi acessado a junção uretero-piélica e realizada Pieloplastia através de técnica de Anderson-Hynes (desmembrada). Foi posicionado um cateter duplo J 6 Fr no per-operatório através de via anterógrada. O tempo operatório foi de 130 minutos. A perda sanguínea foi inferior a 50 ml. A drenagem no pós operatório não foi significante. Não houve complicação relacionada ao caso descrito. O tempo de hospitalização foi de dois dias. O paciente se mantém sem sintomas e estudo radiológico normal após seis meses de acompanhamento. CONCLUSÃO: A pieloplastia laparoscópica é uma técnica minimamente invasiva com resultados clínicos, funcionais e radiológicos comparáveis aos da cirurgia aberta clássica. O procedimento apresenta uma menor morbidade e retorno rápido as atividades diárias do paciente.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

231 - PROSTATECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA COM UTILIZAÇÃO DE CÂMERA HD

MAURICIO RUBINSTEIN; IRINEU RUBINSTEIN; ANDRÉ CAVALCANTI; ANTONIO TAVARES; ADRIAN JARA

 

RESUMO

OBJETIVOS: O diagnóstico de Câncer de próstata vêm crescendo nos últimos anos através de campanhas de conscientização da população e advento de exames diagnósticos mais precisos. A Prostatectomia Radical Laparoscópica (PRL) vem ganhando espaço no cenário Urológico nos últimos anos. O vídeo demonstra os passos da PRL desenvolvida em nossa instituição com a utilização de aparelhagem de imagem com 3 chips e full HD (high definition). MATERIAL E MÉTODOS: Paciente de 65 anos apresentando diagnóstico de câncer de próstata localizado foi submetido à PRL através de acesso transperitonial. Os exames complementares (tomografia computadorizada e cintigrafia óssea) realizados demonstravam se tratar de doença prostática confinada a glândula. Toda e qualquer complicação inerente ao ato foi esclarecida e um consentimento informado foi assinado pelo paciente. O paciente foi posicionado em decúbito dorsal horizontal, com abdução dos membros inferiores. Foram utilizados cinco trocartes, com a câmera posicionada na cicatriz umbilical. RESULTADOS: Os tempos cirúrgicos e suas nuances são demonstrados passo a passo no vídeo. A ligadura do complexo da veia dorsal foi realizada com ponto de fio vycril zero. O tempo operatório foi de 125 minutos. A perda sanguínea foi de 200 ml. Não houve complicação relacionada ao caso descrito. O dreno de penrose foi mantido por dois dias. O tempo de hospitalização foi de três dias. O cateter uretral foi retirado com dez dias de pós-operatório. Até a presente data, o paciente encontra-se continente e com grau de ereção satisfatória com utilização de medicação oral. CONCLUSÃO: A Prostatectomia Radical Laparoscópica é um procedimento que vem ganhando prestígio na comunidade urológica. A curva de aprendizado é longa, porém factível para grupos que se coloquem a fazer videolaparoscopia avançada. Com o aperfeiçoamento da técnica alcançada nos últimos anos e a utilização de aparelhagem de última geração o procedimento é realizado com extrema segurança e com excelentes resultados clínicos/oncológicos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

232 - ADRENALECTOMIA LAPAROSCÓPICA: REVISÃO DAS COMPLICAÇÕES EM 123 PROCEDIMENTOS

TIAGO MOURA RODRIGUES; LÍSIAS NOGUEIRA CASTILHO; FABIANO ANDRÉ SIMÕES; CARLOS AUGUSTO DE BASTOS VARZIM; FLÁVIO AUGUSTO PAULATTI FREDERICO; FÁBIO GUIMARÃES

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A abordagem laparoscópica da adrenal foi inicialmente relatada em 1992. A eficácia e a segurança da adrenalectomia laparoscópica já foram claramente estabelecidas. Neste trabalho, apresentamos nossa experiência com a adrenalectomia laparoscópica, com ênfase no relato detalhado das complicações, comparando-as com os dados já publicados na literatura internacional. PACIENTES E MÉTODOS: Entre Janeiro de 1994 e Janeiro de 2007, 132 pacientes foram submetidos a adrenalectomia laparoscópica. Destes, os 113 primeiros pacientes, dos quais 77 mulheres e 36 homens, foram avaliados. A idade variou de 1 a 76 anos (43,1 &#61617; 16,2 anos). Dezenove (16,8%) tinham tumor unilateral maior do que 4cm, 25 (22,1%) pacientes foram considerados obesos (IMC &#61619; 30 kg/m2) e 13 (11,5%) haviam sido submetidos previamente a procedimento cirúrgico no andar superior do abdome. Cento e dezesseis intervenções cirúrgicas foram realizadas em 113 diferentes pacientes porque 3 pacientes com doença bilateral foram operados em dois tempos. Nestas 116 intervenções, 123 glândulas foram removidas, 120 abordadas pela via transperitoneal e 3 pela via retroperitoneal. RESULTADOS: Os procedimentos unilaterais não-convertidos demoraram 107 &#61617; 33,7 min. (45-250 min.). Cinco (4,3%) casos foram convertidas para cirurgia aberta. Nenhum óbito decorrente da cirurgia foi observado. Vinte (17,7%) pacientes desenvolveram complicações, das quais 6 (5,3%) foram consideradas complicações maiores. Transfusão sangüínea foi necessária em 4 (3,5%) pacientes. O período de seguimento mínimo foi de 36 meses. CONCLUSÕES: A adrenalectomia laparoscópica é uma técnica muito bem estabelecida, que representa hoje o padrão-ouro da adrenalectomia para a maioria dos casos que têm indicação de cirurgia.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

233 - ACESSO LAPAROSCÓPICO E ENDOUROLÓGICO COMBINADOS PARA TRATAMENTO DE NEFROLITÍASE

FERNANDO MEYER; LUIZ EDISON SLONGO; JULIANO DUQUE SCHEFFER; FRANCISCO OTÁVIO LORASCHI; LEANDRO SOUZA ARAÚJO; NICOLAS ALMEIDA LEAL DA SILVA; ROBERTO EMÍLIO MANKE

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O tratamento do cálculo coraliforme, dada a característica da condição, geralmente é um tratamento complexo que pode exigir retratamentos e/ou associação de tratamentos. OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente que foi submetido à associação das técnicas de vídeolaparoscopia e endourologia para tratamento do cálculo coraliforme. MÉTODOS: Paciente do sexo feminina, 42 anos de idade com cálculo coraliforme em cálice superior e inferior do rim esquerdo. A cintilografia renal demonstrou ausência de função em pólo inferior ipsilateral. Realizado acesso videolaparoscópico com dissecção do pólo inferior e nefrotomia do mesmo, com posterior localização do sistema coletor (cálice inferior) e introdução do ureteroscópio rígido, pelo trocater de 10mm, tendo acesso ao sistema coletor (cálice superior) e nefrolitotripsia à laser (holmium) do cálculo. Após, foi submetida à nefrectomia parcial esquerda(pólo inferior). RESULTADOS: Paciente com boa evolução no pós-operatório, recebendo alta no 3º dia, com resolução completa dos cálculos, boa função renal e ausência de crises álgicas ou infecção. CONCLUSÃO: O acesso trans-peritoneal videolaparoscópica ao sistema coletor, para realização de nefrolitotripsia, se apresenta como uma alternativa para o tratamento do cálculo coraliforme em casos selecionados.


Apresentação: Poster

234 - CORREÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE FÍSTULA VÉSICO-VAGINAL RELATO DE 3 CASOS

FERNANDO MEYER; ALEXANDRE CAVALHEIRO CAVALLI; FRANCISCO OTÁVIO LORASCHI; JULIANO DUQUE SCHEFFER; LEANDRO SOUZA ARAÚJO; NICOLAS ALMEIDA LEAL DA SILVA; ROBERTO EMÍLIO MANKE

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Atualmente, considera-se o aumento da incidência das fístulas vésico-vaginais proporcional ao aumento do número de cirurgias ginecológicas e obstétricas. O diagnóstico é confirmado através de exames de imagem (cistografia e cistoscopia) que demonstram o trajeto fistuloso entre a bexiga e vagina. O tratamento inicial pode ser conservador ou cirúrgico. Remissão espontânea é relatada em apenas 5% dos casos. OBJETIVO: Relatar três casos de correção cirúrgica de fístula vésico-vaginal com acesso laparoscópico. PACIENTES E MÉTODO: Três pacientes com média de idade de 37 anos, com quadro de perda urinária via vaginal constante, com histórico de histerectomia recente. Ao exame contrastado, trajeto fistuloso entre bexiga e a vagina, sem envolvimento ureteral nos três casos.. A cistoscopia confirmou presença de fístula supra-trigonal. Submetidas a tratamento cirúrgico com acesso laparoscópico transperitoneal, identificação e correção da fístula com sutura em dois planos e interposição de epíplon. Sem necessidade de drenagem. Tempo cirúrgico médio de 3 horas. RESULTADOS: Procedimento cirúrgico sem intercorrências. Pacientes apresentaram boa evolução pós-operatória, com condições de alta no segundo dia de pós-operatório. Permaneceram em uso de sonda 10 dias. Sem repercussões no seguimento ambulatorial.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

235 - NEFRECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM DOADOR COM PEDÍCULO RENAL COMPLEXO

FERNANDO MEYER; FRANCISCO OTÁVIO LORASCHI; JULIANO DUQUE SCHEFFER; LEANDRO SOUSA ARAÚJO; NICOLAS ALMEIDA LEAL DA SILVA; ROBERTO EMÍLIO MANKE; LUCAS HOSKEN LANDI

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Por razões técnicas e anatômicas, muitos centros de transplante consideram o pedículo renal complexo um fator impeditivo para a técnica laparoscópica em cirurgia de doador renal vivo. Isso porque a dissecção e o controle de hemostasia dos vasos renais é uma etapa crítica dentro do procedimento. Com a evolução do material disponível dentro do arsenal cirúrgico, atualmente o que tem se observado é a comprovação da segurança e o conseqüente aumento do número de procedimentos laparoscópicos nessa situação. OBJETIVO: Apresentar um caso de nefrectomia videolaparoscópica em doador vivo com pedículo renal complexo. MÉTODOS: Paciente masculino, 58 anos, doador renal, cuja Angio-tomografia computadorizada demostrou 3 artérias renais à direita e 2 artérias renais à esquerda optando-se por nefrectomia videolaparoscópica à esquerda. Durante o procedimento apresentou hemorragia originada em veia lombar, controlada por via laparoscópica, com bom resultado, não impedindo a captação do órgão por via videolaparoscópica. RESULTADOS: Tempo cirúrgico de 2 horas com sangramento de 150 ml e alta no 2° pós operatório. CONCLUSÃO: A presença do pedículo renal complexo, apesar de oferecer uma dificuldade técnica maior, não inviabiliza a realização da nefrectomia em doador vivo por via videolaparoscópica.


Apresentação: Poster

236 - NEFRECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA AUTOTRANSPLANTE EM PACIENTE COM ANEURISMA DE ARTÉRIA RENAL

FERNANDO MEYER; PAULO CAMARGO; ZILIANE MARTINS; FRANCISCO OTÁVIO LORASCHI; JULIANO DUQUE SCHEFFER; LEANDRO SOUZA ARAÚJO; NICOLAS ALMEIDA LEAL DA SILVA

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Uma das causas de hipertensão secundária é a presença de aneurisma da artéria renal. O seu tratamento é importante para controlar os níveis de pressão arterial e manter a função renal adequada. OBJETIVO: Relatar uma nefrectomia videolaparoscópica para auto-transplante em paciente com aneurisma de artéria renal direita. MÉTODOS: Paciente do sexo feminino, 58 anos de idade com hipertensão arterial secundária à aneurisma de artéria renal direita. Realizados nefrectomia videolaparoscópica à direita com tempo de isquemia quente de 8 minutos e isquemia fria de 1h e 57 min com 40 ml de sangramento; correção do aneurisma da artéria renal com cirurgia de banco e reimplante do órgão em fossa ilíaca direita, sendo o implante vascular nos vasos ilíacos e o implante ureteral através da técnica de Gregoir-Lich. RESULTADOS: Paciente permaneceu internada por 4 dias, com evolução pós operatória sem intercorrências. Realizado Eco-Doppler a qual demonstrou perfusão renal normal. Mantém acompanhamento ambulatorial sem complicações e com melhora dos níveis pressóricos. CONCLUSÃO: A nefrectomia videolaparoscópica para autotransplante é uma excelente alternativa, pois apresenta menor morbidade, menor tempo cirúrgico e retorno precoce às atividade laborais.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

 

237 - LINFADENECTOMIA RETROPERITONEAL VIDEOLAPAROSCÓPICA: ABORDAGEM PÓS QUIMIOTERAPIA DE METÁSTASE DE NEOPLASIA TESTICULAR

ELINEY FERREIRA FARIA; JOSÉ VIEIRA BARRETO JÚNIOR; DANIEL SEABRA; ROBERTO MACHADO; MARCELO BIANCO; BRENO DAUSTER; ROBERTO HELENO LOPES

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O tumor de testículo apresenta excelentes taxas de resposta com quimioterapia, porem em alguns casos não há redução satisfatória das massas extragonadais, o que pode significar a existência de tumor viável, teratoma ou mesmo fibrose. Muitas vezes a única maneira de se obter diagnóstico histológico e cura destas massas é através da ressecção cirúrgica. A Linfadenectomia Retroperitoneal Videolaparoscópica é uma técnica minimamente invasiva que oferece resultados oncológicos equivalentes aos da técnica aberta com menos morbidades para massas neste território. VÍDEO: Relatamos o caso do paciente S.P.S., 24 anos, sexo masculino, submetido à orquiectomia radical esquerda no nosso serviço. O exame anátomo-patológico mostrou carcinoma embrionário + carcinoma do seio endodérmico. No estadiamento complementar a tomografia do abdome evidenciou massa retroperitoneal, para-aórtica de 9 cm de diâmetro. Foi submetido a tratamento quimioterápico com quatro ciclos de Bleomicina, Etoposide e Cisplatina (PEB). Na tomografia de controle após dois meses do término da quimioterapia ainda persistia com massa retroperitoneal, agora com 6 cm de diâmetro. Sendo assim, foi indicada a Linfadenectomia Retroperitoneal pela técnica videolaparoscópica, com introdução de 3 trocartes de 10 mm e 1 trocarte de 5 mm. O tempo cirúrgico foi de 260 minutos e o sangramento transoperatório foi de 40 ml. O paciente teve alta no 1º dia do pós-operatório, sem o dreno, e o exame histológico evidenciou um Teratoma. Ressaltamos que o nosso protocolo indica dieta hipolipídica 21 dias antes e 14 dias após a cirurgia como forma de minimizar a produção de linfa. O paciente evolui sem sinais de doença até o momento. CONCLUSÃO: A linfadenectomia retroperitoneal faz parte do arsenal terapêutico para tumores testiculares, porém a morbidade desta cirurgia quando realizada por via aberta ainda é grande. A Laparoscopia é uma alternativa interessante para massas residuais até II b reduzindo tempo de internação, uso de analgésicos, e retorno precoce as atividades, mas exige do cirurgião treinamento e experiência devido complexidade da técnica.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

238 - REIMPLANTE URETERAL LAPAROSCOPICO SEGUNDO TÉCNICA DE LICH-GREGOIR ASSOCIADO A PSOAS-HITCH: REPRODUÇÃO DA TÉCNICA ABERTA

ROMOLO GUIDA; KARLO DANILSON MORAES SOUSA; RENATO VAIMBERG; JOAO ANTONIO PERREIRA CORREA; BRENO DAUSTER; FERNANDO VAZ

 

RESUMO

Este video mostra a realizacao de um reimplante ureteral em uma paciente de 29 anos, com estenose do ureter distal devido a manipulacao ureteroscopica previa. Paciente apresentou quadro de dor lombar associado a febre, realizado tomografia computadorizada que revelou ureterhidronefrose a esquerda. Historia patologica pregressa teve manipulacao ureteral para retirada de calculo. Pielografia retrograda demonstrou estenose da porcao distal do ureter. Implantado cateter duplo J. passado 4 semanas foi realizado um reimplante ureteral por via videolaparosocpica segundo tecnica de lich-grogoir associado a um psoas-Hitch. Este video demonstra a fiel reproducao de todos os detalhes tecnicos descritos para cirurgia aberta, alem de exaltar que a via laparosocpica pode ser feito a baixo custo visto que nao foram utilizados quaiquer materiais descartaveis.


Apresentação: Poster

239 - AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DAS CIRURGIAS VIDEO-LAPAROSCÓPICAS DOS SERVIÇO DE UROLOGIA DO HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RENATO VAINBERG; KARLO DANILSON MORAES SOUSA; ROMOLO GUIDA; JOAO ANTONIO PERREIRA CORREA; BRENO DAUSTER; FERNANDO VAZ

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas é notável o avanço das cirurgias vídeo-laparoscópicas no meio urológico. As indicações cirúrgicas e o desenvolvimento do aparato tecnológico são crescentes e as limitações para a realização do método são cada vez menores. Em nosso estudo avaliamos todos os procedimentos cirúrgicos vídeo-laparoscópicos realizados no serviço de Urologia do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro(HSE-RJ) desde a implantação da técnica em nosso meio. OBJETIVOS: Avaliar de forma retrospectiva todos os procedimentos realizados no serviço de Urologia do HSE-RJ desde a implantação da técnica em nosso meio. MATERIAIS E MÉTODOS: Através de revisão de prontuários médicos avaliamos as indicações cirúrgicas, tempo operatório, realização de hemotransfusão, resultado histopatológico e necessidade de conversão de todos os pacientes submetidos à cirurgia vídeo-laparoscópica no serviço de Urologia do HSE-RJ, considerando o sexo e idade dos mesmos, desde a implantação desta técnica operatória, em fevereiro de 2006, até dezembro de 2008. RESULTADOS: No período de fevereiro de 2006 a dezembro de 2008, foram realizadas 128 cirurgias vídeo-laparoscópicas, sendo 87 pacientes (68%) do sexo feminino e 42 (32%) do sexo masculino, com faixa etária entre 17 e 68 anos, no serviço de Urologia do HSE-RJ. As cirurgias corresponderam a nefrectomia total (35 pacientes _ 27% dos casos), nefrectomia radical (27 pacientes _ 21% dos casos), prostatectomia radical (21 pacientes _ 16% dos casos), nefrectomia parcial (18 pacientes _ 14% dos casos), pieloplastia (12 pacientes _ 9% dos casos), exérese de cisto renal (7 pacientes _ 6% dos casos), adrenalectomia (3 pacientes _ 2% dos casos), correção de ureter retrocaval (1 paciente _ 1% dos casos), orquiectomia abdominal (1 paciente _ 1% dos casos), adrenalectomia (1 paciente _ 1% dos casos), prostatectomia por HPB (1 paciente _ 1% dos casos) e reimplante vésico-ureteral (1 paciente _ 1% dos casos). O tempo operatório variou de 40 a 500 minutos. Houve necessidade de conversão para cirurgia convencional e hemotransfusão em 15% e 12% dos casos, respectivamente. Todos os resultados histopatológicos confirmaram as principais hipóteses diagnósticas. CONCLUSÃO: Assim como outros centros onde a cirurgia vídeo-laparoscópica foi implantada, observamos que, após curva de aprendizado inicial, o número de procedimentos por esta via de acesso vem se tornando cada vez mais freqüente em nosso Serviço. Acreditamos que o método vídeo-laparoscópico é factível e que todos os urologistas devem buscar o aprimoramento constante, tornando a vídeo-laparoscopia uma ferramenta valiosa para melhoria da assistência ao paciente.


Apresentação: Poster

240 - IMPACTO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) EM PACIENTES SUBMETIDOS A NEFRECTOMIA RADICAL LAPAROSCÓPICA

EDUARDO CAFÉ; ÉRICO NEPOMUCENO; MÁRCIO CAFÉ

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: A obesidade é descrita na literatura como um potencial fator de risco para complicações em cirurgias videolaparoscópicas e está associada ao aumento do tempo operatório e à maior perda sanguínea. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospectivo em pacientes portadores de câncer renal submetidos à nefrectomia radical laparoscópica, classificados em grupo A (IMC &#8805; 25, n=10) e grupo B (IMC<25, n=10). Foram excluídos os pacientes com cirurgia abdominal prévia. Não houve diferença estatística significante entre os grupos no tocante à idade, ao sexo e ao estádio patológico. Todos os procedimentos foram realizados pela mesma equipe cirúrgica em uma única instituição hospitalar com instrumentais e grampeadores laparoscópicos idênticos. As variáveis estudadas foram: o tempo operatório; taxa de complicações intra e pós-operatórias; índice de conversão para procedimento aberto; necessidade de hemotransfusão e; o tempo de internamento hospitalar. A análise estatística foi realizada pelo teste qui-quadrado. RESULTADOS: O tempo operatório foi maior nos pacientes obesos (208 versus 137 min) assim como o tempo de internamento hospitalar (3,4 versus 2,3 dias) _ p < 0,05. Quanto à taxa de conversão, à necessidade de hemotransfusão e às complicações operatórias não houve diferença estatística entre os grupos estudados. CONCLUSÃO: Apesar do tempo operatório e de internamento hospitalar terem sido maiores nos pacientes com IMC superior a 25, a nefrectomia radical laparoscópica deve ser considerada uma opção segura nesse grupo de doentes.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

241 - NEFRECTOMIA LAPAROSCÓPICA PARA ONCOCITOMA RENAL GIGANTE

ANDRÉ VINICIUS DIAS AZEVEDO SOUZA; PAULA BAER LITOVCHENCO; LESSANDRO CURCIO GONÇALVES; RICARDO ZORRON

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: O oncocitoma é um tumor cortical que responde a 3-7% das neoplasias renais, sendo mais comum em homens que em mulheres. Muitas vezes não se consegue, pelos métodos de imagem mais avançados, diferenciá-los dos tumores malignos de células claras. Mostramos um vídeo de uma nefrectomia radical e adrenalectomia laparoscópica esquerda realizado em um paciente com uma massa renal de 9,8cm que apesar do aspecto tomográfico de malignidade, esta era benigna. RELATO DE CASO: Mulher de 72 anos, com dor lombar de baixa intensidade que em avaliação ultrassonográfica revelou massa renal hiperecóica de 10cm no maior diâmetro. Foi realizado tomografia computadorizada onde apresentava realce de contraste, mostrando um parênquima renal quase ausente deste lado, com a veia cava inferior comprimida. O outro rim era normal. A Ressonância Magnética mostrava massa de 9,0x7,4x8,8cm com sinal heterogêneo em T2 e intermediário predominantemente em T1, cicatriz central, mas sugeria se tratar de carcinoma de células renais. Apresentava hipertensão leve e tinha cirurgia abdominal prévia (apendicectomia). A via transperitoneal foi utilizada, em detrimento da retroperitoneal, devido a volumosa massa tumoral. A artéria foi ligada com endoloop e a veia com ENDOGIA® 35mm, sendo a drenalectomia realizada devido ao tamanho do tumor. A peça foi retirada com bag apropriado pela incisão infraumbilical prévia. Foi deixado dreno laminar e retirado em dois dias. A paciente começou a se alimentar no primeiro e teve alta no terceiro dia de pós-operatório. O resultado da análise histopatológica evidenciou oncocitoma de 9,8cm no maior diâmetro, adrenal normal, ausência de figuras de mitose e margens cirúrgicas negativas. DISCUSSÃO: As maiores séries apontam que apenas 20% dos pacientes com oncocitoma são sintomáticos. O diagnóstico diferencial histopatológico se faz com carcinoma de células claras cromofóbico, usando a imunohistoquímica com citoqueratina 7 para distinguí-los. Em artigo de Gill e cols sobre nefrectomia radical para massas maiores que 7cm comparando com cirurgia aberta houve menor perda sanguinea, tempo de hospitalização e de complicações pós operatórias. Há na literatura uma concordância que os métodos de imagem atuais não conseguem diferenciar o carcinoma de células claras do oncocitoma (apenas 33% apresentam a cicatriz central característica), bem como há uma probabilidade de 10% de associação dos dois. Assim a conduta para suspeita de oncocitoma vale para a de adenocarcinoma.