Official Journal of the
Brazilian Society of Videosurgery

ISSN: 1983-991X
Ano 2 - Vol. 2 - Suplemento 1 - Dezembro 2009

«  PDF file  »

IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia
SOBRACIL - BH 2009

18 a 21 de abril de 2009
Minascentro
Belo Horizonte - MG

Trabalhos Científicos


Área:

N.O.T.E.S.


Apresentação: Poster

242 - NEFRECTOMIA RADICAL LESS (LAPAROENDOSCOPIC SINGLE SITE SURGERY) UMBILICAL EM SUÍNO - RELATO DE CASO

MAURÍCIO VELOSO BRUN; MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA; CLÁUDIO MIGUEL PINTO MORALES; GILVAN NEIVA FONSECA; MILTON TATSUO TANAKA; JOÃO PEDRO SCUSSEL FERANTI

 

RESUMO

LESS (Laparoendoscopic Single Site Surgery) é a terminologia utilizada para acessos cavitários vídeo-endoscópicos a partir de única incisão cutânea, utilizando-se ou não de dispositivos especiais. No presente relato é descrita a realização de uma nefrectomia radical videolaparoscópica em suíno a partir da utilização de três trocartes permanentes convencionais posicionados na região umbilical. Para tanto, foi utilizado um suíno de aproximadamente 30 kg, submetido à anestesia geral inalatória com isoflurano vaporizado em O2 a 100%, após pré-medicação com a associação de sulfato de morfina com acepromazina e indução com propofol. Realizou-se incisão cutânea transversal sobre a cicatriz umbilical, de aproximadamente 3 cm. A partir da técnica aberta, foi posicionado um portal de 10 mm na linha média ventral, que permitiu a insuflação da cavidade com CO2 até a pressão de 12 mmHg. Outros dois portais de 5 mm foram posicionados crânio-lateralmente ao primeiro, junto aos vértices da ferida. Sob visibilização direta com o endocópio de 10 mm e zero graus no animal em decúbito lateral direito, procedeu-se a dissecação do hilo renal esquerdo com pinça Maryland e tesoura Metzenbaum. Após o isolamento da artéria e veia renais, alterou-se o posicionamento da óptica, utilizando-se então um endoscópio de 5 mm e zero graus. Foram aplicados dois clipes hem-o-lock® na artéria e um na veia, ambos proximalmente aos grandes vasos. A hemorragia de retorno foi minimizada com o uso de um clipe de titânio para cada vaso, e o ureter foi obliterado com único clipe de titânio. O rim foi então dissecado da loja renal e colocado num saco para a extração de tecidos, sendo removido da cavidade pela ampliação de aproximadamente 1cm da ferida muscular, associada à maceração manual do órgão. A cirurgia durou aproximadamente 50 minutos, sem a ocorrência de complicação trans e pós-operatórias. Não houve hemorragia estimável, e após 14 dias da operação o animal apresentava ótimo estado clínico. A nefrectomia radical LESS umbilical com três portais é viável e adequada para suínos.


Apresentação: Poster

243 - NEFRECTOMIA RADICAL LESS (LAPAROENDOSCOPIC SINGLE SITE SURGERY) NA PAREDE ABDOMINAL LATERAL DE SUÍNO - RELATO DE CASO

MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MAURÍCIO VELOSO BRUN; LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA; CLÁUDIO MIGUEL PINTO MORALES; GILVAN NEIVA FONSECA; MILTON TATSUO TANAKA; MICHELLI WESTPHAL ATAÍDE

 

RESUMO

A denominação LESS (Laparoendoscopic Single Site Surgery) se refere ao conjunto procedimentos minimamente invasivos nos quais é utilizado único acesso cutâneo para a cirurgia cavitária. No presente trabalho, relata-se a realização de uma nefrectomia radical videolaparoscópica em suíno, a partir de três trocartes permanentes convencionais posicionados na região abdominal lateral direita. Um suína, que possuía massa corpórea de aproximadamente 30 kg, foi submetida à anestesia geral inalatória com isoflurano vaporizado em O2 a 100%, após pré-medicação com sulfato de morfina associado à acepromazina e indução com propofol. A paciente foi posicionado em decúbito lateral esquerdo com um campo de pano enrolado sob o flanco. Realizou-se incisão cutânea transversal paralelamente à linha média ventral, lateralmente à cadeia mamária. Pela técnica aberta, foi posicionado um portal de 10 mm no ponto médio da incisão, e a cavidade foi insuflada com CO2 até a pressão de 12 mmHg. Após ampla dissecação do tecido subcutâneo, outros dois portais (5 e 10mm) foram posicionados levemente laterais ao primeiro, sendo mantidos em mesmo eixo, um em cada extremidade da incisão. Sob visibilização direta com endoscópio de 10 mm e zero grau, o hilo renal foi dissecado utilizando-se pinça Maryland, tesoura Metzenbaum e Ligasure®. Foram aplicadas três ligaduras intracorpóreas com fio de seda, abrangendo a artéria e a veia renal em conjunto. Após a dissecação do ureter, da fáscia renal e do peritônio, o rim foi extirpado. A cirurgia durou aproximadamente 30 minutos, sem a ocorrência de complicação transoperatória ou hemorragia mensurável. Utilizou-se o mesmo animal para uma nefrectomia com o emprego do three-port no rim contra-lateral, motivo pelo qual a suína foi submetida à eutanásia ao final dos procedimentos. Conclui-se que a nefrectomia radical LESS lateral com três portais com ligadura intracorpórea é viável em suínos.


Apresentação: Poster

244 - NEFRECTOMIA TOTAL LESS (LAPAROENDOSCOPIC SINGLE SITE SURGERY) EM SUÍNO - RELATO DE CASO

CLÁUDIO MIGUEL PINTO MORALES; MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; MAURÍCIO VELOSO BRUN; GILVAN NEIVA FONSECA; MILTON TATSUO TANAKA; LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA; ROGÉRIO LUZIARI GUEDES

 

RESUMO

O termo LESS (Laparoendoscopic Single Site Surgery) é usado para procedimentos videolaparoscópicos nos quais o acesso cavitário é obtido por única incisão cutânea, com a utilização ou não de dispositivos especiais. No presente caso, foi utilizado o dispositivo denominado Three-port, de fabricação da Advanced Surgical Concepts. Tal equipamento foi inicialmente empregado na Cleveland Clinic (Ohio, USA) pelo Dr. Inderbir Gill, e no presente estudo foi aplicado em uma suína com cerca de 30 Kg submetido à anestesia geral inalatória com Isoflurano vaporizado em O₂ a 100%, após pré-medicação com a associação de sulfato de morfina com acepromazina e indução com propofol. O dispositivo foi introduzido por uma incisão umbelical única de aproximadamente 5 cm. Após a insuflação da cavidade com CO₂ a uma pressão de 12 mmhg, foi introduzida a ótica de 10 mm e zero graus através da via de 10 mm do equipamento. Através das duas vias de 5 mm, foram introduzidas uma tesoura de Metzenbaum e uma pinça de Maryland. Dissecou-se o hilo renal com individualização da artéria e veia renal. Os vasos renais foram clipados proximalmente com clipes de polímero Hem-o-lock® e distalmente com clipes de titânio. Para a colocação destes, alterou-se a posição da ótica, posicionando-se um endoscópio de 5 mm na via anteriormente utilizada para a tesoura. Assim, foi possível introduzir os clipadores pela via de 10 mm. Anteriormente à sua secção, o ureter foi obliterado com clipe de titânio. Procedeu-se então a liberação do rim, ensacamento em saco extrator e morcelamento manual do mesmo. Retirou-se o three-port e após o rim ensacado, pela incisão única umbelical. A incisão foi ocluída nos seus planos anatômicos. A cirurgia durou aproximadamente 60 min, sem a ocorrência de complicações e ou hemorragia importante. Utilizou-se o mesmo animal para uma nefrectomia LESS com três portais no rim contra-lateral, motivo pelo qual a suína foi submetida à eutanásia ao final dos procedimentos. A nefrectomia LESS mostrou-se mostrou-se factível em suínos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

245 - PADRONIZAÇÃO DA TÉCNICA DE COLECISTECTOMIA SINGLE-TROCAR SITRACC

JAMES SKINOVSKY; MARCOS VINICIUS DANTAS; DJALMA COELHO; MAURICIO CHIBATA; NESTOR SAUCEDO; PEDRO ROGÉRIO DE SÁ NEVES

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Na tentativa de se reduzir ao máximo a invasibilidade e o trauma operatório na videocirurgia, diversas tecnologias como o NOTES e o TUES (cirurgia por trocarte único) vêm se desenvolvendo, com um número exponencial de artigos lançando as mais diferenciadas técnicas e materiais. Neste estudo demonstramos, pela primeira vez, passo-a-passo, a técnica de colecistectomia por SITRACC (Single Trocar Access), Edlo, com dispositivo e pinças especialmente criados para a abordagem single port. MATERIAIS E MÉTODOS: A introdução do trocarte multicanal é realizada via supra-umbilical, com incisão arciforme, sob técnica aberta. O portal possui quatro entradas de 5mm, sendo que as pinças especialmente desenvolvidas são articuladas, com intuito de se evitar o choque entre as mesmas durante o procedimento. O portal possui ainda mecanismo de balão, o qual permite a insuflação e a fixação do mesmo na parede abdominal. O fundo da vesícula é tracionado com pinça de preensão flexível, o que permite o posicionamento ideal da mesma, sem a invasão no campo visual operatório. Outra pinça, agora articulada, é utilizada para preensão do infundíbulo. A dissecção é realizada também com pinça tipo Maryland com articulação distal de 90 graus. A clipagem do ducto cístico e artéria cística é realizada utilizando-se clipador de 5mm. A remoção da vesícula do leito hepático é efetivada com gancho articulado em sua extremidade distal e a retirada do órgão se faz pela incisão do portal, com fechamento da aponeurose e pele de maneira habitual. Neste vídeo a técnica é demonstrada passo-a-passo, com sobreposição de várias cirurgias. DISCUSSÃO: A busca por procedimentos cirúrgicos com o mínimo de cicatrizes e minimamente invasivos tem levado inúmeros cirurgiões a desenvolver novas tecnologias videocirúrgicas, dentre elas: NOTES e suas variantes e as cirurgias por trocarte único. As vantagens da abordagem single-port são o fato de a mesma se utilizar de um campo de visão similar aos dos procedimentos videolaparoscópicos padrões, utilizando igualmente materiais similares, com custo relativamente baixo, considerando-se tratar de uma nova tecnologia. Os parcos artigos disponíveis na literatura concluem que a tecnologia de cirurgia por trocarte único permite a realização da colecistectomia na maioria dos casos de colelitíase, com evidente resultado cosmético superior frente à colecistectomia laparoscópica standard. Para esta abordagem, foi criado o sistema SITRACC, Edlo, aqui demonstrado. CONCLUSÃO: A colecistectomia por trocarte único SITRACC é viável e segura, apresentando resultados iniciais satisfatórios, comparáveis aos da colecistectomia videolaparoscópica tradicional.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

246 - APENDICECTOMIA POR TROCARTE ÚNICO SITRACC - O PRIMEIRO CASO RELATADO

JAMES SKINOVSKY; MARCOS VINICIUS DANTAS; DJALMA COELHO; MAURICIO CHIBATA; FELIPE CAMARGO RIBEIRO; MARCELO SPIGOLON

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Desde que Kaloo reportou sua primeira experiência em NOTES, utilizando acesso transgástrico em modelo suíno, muitos cientistas ao redor do planeta tem procurado por novas tecnologias e abordagens no campo da videocirurgia. Devido às limitações do NOTES, tais como acesso, orientação, infecção e outros, a videocirurgia por trocarte único, também chamada TUES, parece ser excelente opção para execução da chamada cirurgia com mínima cicatriz (scarless surgery), alcançando todas as vantagens de um procedimento minimamente invasivo. Para este intuito o sistema SITRACC, Edlo (Single Trocar Access) foi criado. Este estudo demonstra a primeira apendicectomia relatada utilizando-se o sistema SITRACC. RELATO DE CASO: Apresentamos o caso do paciente ELW, 27 anos, admitido no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário Cruz Vermelha Brasileira, na cidade de Curitiba, PR, com quadro de dor em fossa ilíaca direita há 48h. Relatava ainda náuseas e vômitos no período. Ao exame físico, apresentava dor à palpação em fossa ilíaca direita, com sinais de irritação peritoneal local. Exames laboratoriais demonstravam leucocitose com desvio à esquerda. Foi submetido a ecografia abdominal, a qual demonstrou apêndice cecal com paredes espessadas e líquido periapendicular. Com diagnóstico de apendicite, o paciente foi então submetido à apendicectomia vídeolaparoscópica por trocarte único SITRACC, com incisão arciforme infraumbelical. Foi utilizado o protocolo aprovado na Comissão de Ética do Hospital, previamente à operação. O trocarte desenvolvido apresenta 04 canais de entrada para instrumental, todos com 5mm de diâmetro, sendo utilizada óptica 30 graus de 5 mmm e pinças articuladas, especialmente confeccionadas para este fim, facilitando o movimento das mesmas no interior da cavidade abdominal.No intraoperatório foi identificado quadro de apendicite aguda em fase serosa. Após dissecção do mesoapêndice, a artéria apendicular foi clipada duplamente com clipes LT 300; identificada então a base apendicular, a mesma foi laçada com endo-loop (fio catgut cromado 1) e a seguir clipada. O apêndice foi então removido pela mesma incisão do portal. O tempo cirúrgico foi de aproximadamente 70 minutos. O paciente apresentou alta cerca de 24 horas após a cirurgia, com mínimas queixas álgicas e utilização de paracetamol somente. Os retornos ambulatoriais de 7 e 30 dias não demonstraram intercorrências dignas de nota. DISCUSSÃO: As vantagens da apendicectomia videolaparoscópica têm sido amplamente divulgadas no meio cirúrgico, como permitir a completa inspeção da cavidade e a conseqüente identificação de outros diagnósticos diferenciais. Em relação à técnica, na grande maioria dos casos utiliza-se ao menos 03 portais. O sistema SITRACC é uma nova opção de abordagem videocirúrgica. As vantagens da via única transumbelical são similares ao NOTES, como mínima reação dolorosa, reduzida agressão ao organismo, rápida recuperação e mínima cicatriz, muitas vezes imperceptível. CONCLUSÃO: A apendicectomia por trocarte único SITRACC é viável e segura. É ainda uma técnica a ser desenvolvida e explorada através de maiores séries de casos e protocolos de ensaios clínicos randomizados.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

247 - COLECISTECTOMIA POR TROCARTE ÚNICO - SITRACC: EXPERIÊNCIA INICIAL

MARCOS VINICIUS DANTAS; JAMES SKINOVSKY; DJALMA COELHO; MAURICIO CHIBATA; NESTOR SAUCEDO; ROGÉRIO CAVALLIERI;

 

RESUMO

INTRODUÇÃO: Desde a primeira experiência com cirurgia por orifícios naturais (NOTES), relatada por Kaloo, utilizando acesso transgástrico em modelo suíno, a procura por novas tecnologias e abordagens no campo da videocirurgia tem se intensificado. Devido às limitações do NOTES, tais como acesso, orientação, infecção e outros, a videocirurgia por trocarte único, também chamada TUES, parece ser excelente opção para execução da chamada cirurgia com mínima cicatriz (scarless surgery), alcançando todas as vantagens de um procedimento minimamente invasivo. Para este intuito, o sistema SITRACC, Edlo (Single Trocar Access) foi criado. Este estudo discorre sobre a primeira série relatada na literatura de colecistectomias utilizando-se o sistema SITRACC. MATERIAIS E MÉTODOS: Após aprovação no Comitê de Ética do Hospital Universitário da Cruz Vermelha, em Curitiba, PR, no período de novembro de 2008 a janeiro de 2009, 21 pacientes foram submetidos à colecistectomia videolaparoscópica, por colelitíase sintomática, utilizando-se a tecnologia single-port SITRACC. Além do trocarte SITRACC multicanal, com 4 entradas para instrumental, foram utilizadas pinças articuladas especialmente desenvolvidas para esta abordagem e óptica 5 mm, com visão 30 graus.O trocarte único foi introduzido por técnica a céu aberto, em incisão arciforme supraumbelical. As colecistectomias foram efetivadas através da clássica técnica mista. RESULTADOS: Dos 21 pacientes submetidos ao novo procedimento, em 2 houve a necessidade de introdução de um trocarte extra e em 2 houve necessidade de conversão para videolaparoscopia tradicional (quatro portais). Não houve casos de conversão para cirurgia a céu aberto. Dos casos convertidos, 02 foram por dificuldade de dissecção no infundíbulo vesicular, por presença de colecistite aguda, 01 por falha no clipador de 5mm e 01 por dificuldade de acesso ao hilo, pelo fato da paciente apresentar obesidade importante. A idade dos pacientes variou de 22 a 65 anos e o tempo operatório médio foi de 75 minutos. Em todos os casos, a alta foi efetivada no primeiro dia de pós-operatório. As revisões de retorno não demonstraram nenhuma complicação digna de nota. DISCUSSÃO: A busca por procedimentos cirúrgicos cada vez mais minimamente invasivos e dentro do conceito da chamada scarless surgery, tem levado a corrida pelo desenvolvimento de novas tecnologias videocirúrgicas como NOTES e suas variantes e as operações por acesso único. As vantagens da via única transumbelical são similares ao NOTES, como mínima reação dolorosa, reduzido trauma operatório, rápida recuperação e usualmente cicatriz imperceptível. Além destas, este acesso utiliza campo de visão similar aos dos procedimentos videocirúrgicos regulares, além de matérias cirúrgicos similares, com custo relativamente baixo, considerando-se tratar de uma nova tecnologia.CONCLUSÃO: A colecistectomia single-port é um procedimento viável, seguro, com boa reprodutibilidade e que traz consigo as indubitáveis vantagens da cirurgia minimamente invasiva.


Apresentação: Poster

248 - COLECISTECTOMIA LESS (LAPAROENDOSCOPIC SINGLE SITE SURGERY) EM SUÍNO - RELATO DE CASO

LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA; CLÁUDIO MORALES; MIRANDOLINO MARIANO; MAURÍCIO BRUN; MT TANAKA; GN FONSECA; FR SANTOS

 

RESUMO

A terminologia LESS (Laparoendoscopic Single Site Surgery) é empregada para videocirurgias nas quais o aceso cavitário é realiziado através de única incisão cutânea. No presente relato foi realizada uma colecistectomia videolaparoscópica LESS por via umbelical, com a utilização de três trocateres permanentes, e de uma pinça de apreensão introduzida diretamente pela parede muscular sem cânula. Para tanto, foram utilizados dois suínos de aproximadamente 30 Kgs, mantidos sob anestesia geral inalatória com isoflurano vaporizado em O₂ a 100%, após pré medicado com a associação de sulfato de morfina com acepromazina e indução com propofol. Através de uma incisão de aproximadamente 5 cm na cicatriz umbelical, pela técnica aberta foi introduzido um trocater de 10 mm para a passagem do endoscópio de zero graus. Craniolateralmente e este foram introduzidos dois trocateres de 5 mm. Caudalmente à óptica, introduziu-se uma pinça de apreensão para o tracionamento do fundo da vesícula biliar. Com a cavidade insuflada a uma pressão de 12 mmHg, dissecou-se o pedículo e procedeu-se a hemostasia com a aplicação de clipes (um animal) ou por ligadura com nó intracorpóreo de fio de seda na artéria e ducto cístico isoladamente. Após a liberação da vesícula do leito hepático, a mesma foi retirada pelo orifício umbelical sem a utilização de saco extrator. Os procedimentos duraram cerca de 45 min, sem ocorrência de complicações transoperatórias e sem sangramento importante. Um dos animais foi acompanhado por 14 dias, ocasião na qual se apresentava hígido ao exame clínico. O outro animal foi sacrificado após ter sido submetido à nefrectomia bilateral LESS após o término da colecistectomia. A videocolecistectomia LESS pela via umbelical com a utilização de três portais e pinça de apreensão introduzida diretamente pela parede muscular é factível e adequada em suínos.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

249 - ESTERILIZAÇÃO TUBÁRIA ENDOSCÓPICA TRANSVAGINAL

WILLIAM KONDO; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO; RAFAEL WILLIAM NODA; ANÍBAL WOOD BRANCO; MARLON RANGEL; SATURNINO RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO

 

RESUMO

A esterilização tubária é um dos procedimentos mais amplamente utilizados para a contracepção feminina. Pode ser realizado em associação com a gestação ou como um procedimento de intervalo (não relacionado ao período gravídico-puerperal). Este último pode ser realizado por laparotomia, laparoscopia ou histeroscopia. Comparado com a cirurgia aberta, a laparoscopia tem demonstrado alguns benefícios devido ao seu caráter minimamente invasivo, tais como melhor efeito cosmético, menor tempo de internamento, menor dor e retorno precoce ao trabalho e às atividades regulares. Avanços recentes na cirurgia laparoscópica têm sido direcionados à redução do número ou do tamanho dos portais ou mesmo a eliminação de incisões abdominais. Neste vídeo demonstramos a técnica de ligadura tubária endoscópica transvaginal na tentativa de minimizar a morbidade cirúrgica e oferecer uma alternativa técnica para a realização da esterilização feminina.


Apresentação: Poster

250 - PERCEPÇÃO DE PACIENTES E MÉDICAS DO HCTCO SOBRE O ACESSO TRANSVAGINAL EM NOTES

CAROLINA CHACON COSENTINO; JOÃO GUILHERME REIS MELO DE SOUZA; GISLAINE BIAZATTI; NOELY AMARA LOPES DIAS RIBEIRO; MARCOS FILGUEIRAS; RICARDO ZORRÓN

 

RESUMO

OBJETIVOS: A cirurgia realizada por orifícios naturais é um novo método com grande potencial terapêutico e diagnóstico. As vantagens desta nova técnica já foram observadas nos pacientes submetidos a este procedimento. Este estudo foi possível quantificar o grau de aceitação das pacientes internados no HCTCO e das médicas sobre os conceitos de uma cirurgia sem cicatrizes e o acesso trasvaginal em colecistectomias. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo transversal em que foi aplicada entrevista estruturada e padronizada para 30 mulheres, sendo 50% médicas e 50% pacientes colecistectomizadas. Onde as entrevistadas analisaram individual e gradual a importância de cada tema em questão, quantificando as perguntas de 0 a 10. Os itens contidos no instrumento estruturado foram devidamente explicados às pacientes, a fim de evitar erros de interpretação. Os termos científicos contidos na entrevista estruturada foram explicados às entrevistados para que tivessem plena compreensão das perguntas. As entrevistadas foram informadas dos riscos da cirurgia por N.O.T.E.S. RESULTADOS: A maior aceitação do procedimento foi observada no grupo de pacientes colecistectomizadas com ensino superior completo/incompleto e 2º grau completo. Cerca de 70% considera importante o aspecto estético da cirurgia (incluindo pacientes e médicas.), em sua totalidade aprovam o conceito de uma cirurgia que não deixa cicatrizes abdominais (notas > 8), porém mudam de opinião, caso a cirurgia por orifícios naturais apresente maior risco de complicações (notas<6). As médicas aprovam o conceito de uma cirurgia sem cicatrizes (notas > 7), entretanto, em sua maioria, não permitiriam que a cirurgia fosse realizada por via transvaginal nas mesmas. CONCLUSÕES: O estudo possibilita nortear o perfil das pacientes que apresenta maior aceitação da cirurgia por N.O.T.E.S. Podemos observam que a possibilidade de riscos ainda pouco conhecida deste tipo de cirurgia representa um entrave na aceitação das médicas em relação a este procedimento.


Apresentação: Poster

251 - OVÁRIO-HISTERECTOMIA EM CADELA POR LESS

MAURÍCIO VELOSO BRUN; MIRANDOLINO BATISTA MARIANO; LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA; MICHELLI WESTPHAL DE ATAÍDE; LUCAS MARQUES COLOMÉ; JOÃO PEDRO SCUSSEL FERANTI; FABIANE REGINATTO DOS SANTOS

 

RESUMO

O emprego de LESS (laparoendoscopic single-site surgery) vem crescendo em diferentes especialidades médicas, entretanto ainda são escassos os relatos envolvendo cirurgias dessa natureza em cães. O presente trabalho descreve o emprego do TriportTM (Advanced Surgicial Concepts, Baton Rouge, LA) na realização de ovário-histerectomia (OSH) em uma cadela com pequena hérnia umbilical. A paciente de 6 Kg e três anos, foi submetida à anestesia geral inalatória, com respiração assistida, e posicionada em decúbito dorsal. Procedeu-se a incisão umbilical de aproximadamente 2,5 cm e remoção do conteúdo herniário (ligamento falciforme). O defeito da parede abdominal foi ampliado, obtendo-se uma ferida de aproximadamente 2 cm, através da qual foi posicionado o TriportTM. O corno uterino esquerdo foi então fixado à parede abdominal ventral com sutura transparietal, e os vasos uterinos e o corpo do útero submetidos à hemostasia por eletrocirurgia bipolar. A partir da manobra de rotação do tórax com a fixação dos membros anteriores em conjunto na mesa operatória, os ligamentos suspensores foram rompidos, expondo os vasos ovarianos e os mesovários. Foram aplicadas duas suturas transparietais, uma em cada flanco, fixando temporariamente os ovários à parede abdominal. Tal procedimento facilitou a hemostasia dos mesovários e dos vasos ovarianos, obtidas por eletrocirurgia bipolar. Após a ruptura dos mesométrios, os tecidos extirpados foram removidos da cavidade em conjunto com o TriportTM. A laparorrafia e aproximação do tecido subcutâneo foram promovidas com poliglactina 910 2-0 em padrão de Sultan, enquanto a pele, em padrão interrompido simples, com náilon monofilamentar 5-0. A cirurgia foi completada em 81 min. sem a ocorrência de complicações trans-operatórias. Na avaliação macroscópica do útero, constatou-se aumento de volume do órgão e a presença moderada de líquido em seu interior. Conclui-se que a OSH em cadelas é factível por LESS utilizando o dispositivo supracitado.


Apresentação: Poster

252 - NOTES HÍBRIDA NA REALIZAÇÃO DE OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA EM 12 CADELAS

MAURÍCIO VELOSO BRUN; MARCO AUGUSTO MACHADO SILVA; MICHELLI WESTPHAL DE ATAÍDE; JOÃO PEDRO SCUSSEL FERANTI; FABIANE REGINATTO DOS SANTOS; LUCAS MARQUES COLOMÉ; ROGERIO LUIZARI GUEDES

 

RESUMO

NOTES refere-se à especificação "Natural Orifice Transluminal Endoscopic Surgery", e inclui procedimentos cirúrgicos nos quais são utilizados orifícios naturais, com a associação (técnica híbrida) ou não do acesso laparoscópico. O presente trabalho relata 12 casos de OSH em cadelas por NOTES híbrida. Os animais (peso médio de 8,2±4,8 kg) foram sondados e posicionados em decúbito dorsal. Realizou-se quimioprofilaxia antimicrobiana e lavagem da mucosa vaginal com PVP-I a 0,1% (10 ml/kg). Um portal abdominal de 4 mm (em um animal) ou 5 mm foi introduzido na região umbilical, permitindo a insuflação e introdução de um trocarte de 5 mm (quatro cadelas) ou 10 mm através da vagina, o qual serviu para a passagem dos instrumentos. Os pacientes foram posicionados em decúbito lateral pela rotação do flanco, rompendo-se o ligamento suspensor e promovendo a fixação do corno uterino com sutura transparietal. Procedeu-se a hemostaia do mesovário com clipe de titânio (cinco animais) ou eletrocirurgia bipolar. O útero e os seus vasos foram então tracionados através da ferida vaginal e ligados, de forma convencional, com duas suturas transfixantes cranialmente (três animais) ou caudalmente à ferida vaginal. As cirurgias foram realizadas em 74,6±35,9 min., sendo observadas como alterações trans ou pós-operatórias: enfisema subcutâneo (dois casos); hemorragia por lesão de ramo vascular presente no mesométrio (um animal), com hemostasia por compressão; pequena lesão superficial de baço, com hemostasia espontânea (uma cadela); hemorragia de retorno do mesovário (um animal); e hemorragia vaginal em duas cadelas. Naqueles pacientes nos quais a ligadura foi realizada caudalmente à ferida de acesso, não foram observadas hemorragias vaginais pós-operatórias. Em nenhum caso foi necessária hemoterapia, e todos os animais apresentaram excelente recuperação pós-operatória. Conclui-se que o procedimento proposto para a OSH é promissor, podendo ser utilizado com segurança em cadelas como substituto à OSH convencional ou laparoscópica.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

253 - COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM PORTA ÚNICA TRANSUMBILICAL

LETÍCIA PEREIRA MAGALHÃES; JEHOVAH GUIMARÃES TAVARES; FABIANO DE OLIVEIRA FERNANDES; LIVIA RODRIGUES DE AGUIAR; RENAM CATHARINA TINOCO; AUGUSTO CLÁUDIO TINOCO'; THALES MACHADO LAUREANO

 

RESUMO

OBJETIVO: Relatar cinco casos de colecistectomia laparoscópica em porta única transumbilical e avaliar a sua efetividade e segurança. RELATO DE CASO: A.F.P., 41 anos, feminino, apresentando cólica biliar e diagnóstico de colecistolitíase. Exame físico e laboratorial sem alterações. Paciente posicionado em decúbito dorsal com o cirurgião à sua esquerda e o auxiliar à direita. É realizada uma incisão umbilical de 1,2 cm onde é instalado o pneumoperitônio. Nesta mesma incisão serão introduzidos, 3 trocartes de 5 mm. Os instrumentos são flexíveis e a ótica é de 5 mm. RESULTADOS: Não houve necessidade de conversão para via convencional ou laparoscópica. Os pacientes evoluiram bem, sem dor no pós- operatório, menor impacto das funções vitais, menor tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido as atividades. CONCLUSÃO: O NOTUS se mostrou eficaz e seguro, resultando em uma combinação de mínima invasão e estética satisfatória. As vantagens desta abordagem consistem em menos dor, mais rápida recuperação pós-operatória e melhor resultado cosmético, indicada nos pacientes portadores de colecistopatias calculosa menor que 2 cm.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

254 - ALTERNATIVE TECHNIQUES FOR CYSTIC DUCT CLOSURE FOR NOTES CHOLECYSTECTOMY IN HUMAN-VIDEO

ANA CAROLINA SOARES DE SÁ; LUCIANA SHIOTA CUNHA; MANOEL GALVÃO; ALMINO RAMOS; ALCIDES BRANCO; LUIS DECARLI; RICARDO ZORRON

 

RESUMO

OBJECTIVES: Clinical experience in transgastric and transvaginal Natural Orifice Surgery are growing in the literature, but there is still a lack of adequate and safe methods for cystic duct closure in human experience. Ina video presentation, our research group describes different techniques developed and used in clinical series. METHODS: IRB approval was obtained at the institution for NOTES clinical trials. Techniques of cystic duct closure are presented in a series of 93 patients for cholelithiasis using transvaginal and transgastric NOTES access. The video portraits 1)the use of endoscopic clips in early series, 2) use of transvaginal laparoscopic clips, 3) transvaginal special clips, closure with endoloops , 4) the possibility of use of bipolar duct sealing and 5) clipation, or monopolar/bipolar coagulation of cystic artery are shown in several clinical sets. RESULTS: Alternative techniques for cystic duct and artery closure were effective, with low complications rate (7%) in clinical experience. CONCLUSIONS: Tranvaginal and transgastric NOTES closure of gallbladder's duct, in an expressive clinical series, can be safely achieved with available technology.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

255 - N.O.T.E.S. TRANSVAGINAL CHOLECYSTECTOMY - COMPARATIVE CLINICAL STUDY WITH LAPAROSCOPY

RICARDO ZORRÓN; GAGNER, M.; GISLAINE BIAZATTI; DECARLI, L.; BRANCO, A.; CAROLINA CHACON COSENTINO; MARCOS FILGUEIRAS

 

RESUMO

OBJECTIVES: Clinical applications of Transvaginal NOTES are still limited in the literature. A preliminary comparison of the early results of NOTES with laparoscopy may show advantages and disadvantages of the methods. A prospective non-randomized study comparing clinical applications of the methods for non-complicated cholelithiasis is described. METHODS: IRB approval was obtained at the institution for transvaginal NOTES clinical trials, and informed consent was obtained. The technique of transvaginal NOTES cholecystectomy was clinically applied in 23 patients with symptomatic cholelithiasis (Group I), and laparoscopic cholecystectomy in 23 patients(GII). Transvaginal NOTES access was obtained by direct vaginal incision, and an endoscope was introduced in the abdominal cavity. Dissection was accomplished with endoscopic instruments, and limited use of laparoscopy. Ligation of cystic duct and artery was done by endoscopic clips, endoclips, and endo-loops. Vaginal closure was performed using direct vision technique. Laparoscopic patients were submitted to standard technique using four trocars. RESULTS: Mean operative time for Group I was 125 min, and 97 min for Group II. Mean operative blood loss was estimated of 60ml for Group I and 25ml for group II. Mean abdominal CO2 pressure was 13mmHg for laparoscopic patients, instead of mean 8mmHg for NOTES. Oral intake has began on the next day for NOTES patients, which were dismissed on the third postoperative day because of study protocol. Postoperative analgesia was needed in only 10 NOTES patients, and one patient claimed of vaginal discomfort. There were no postoperative complications on both groups. CONCLUSIONS: Tranvaginal NOTES is a feasible and safe alternative method for cholecystectomy, with similar results in this preliminary clinical experience.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

256 - TOTALLY N.O.T.E.S. TRANSVAGINAL CHOLECYSTECTOMY - NEW VAGINAL PORT ALLOWS TRUE NOTES

RICARDO ZORRÓN; CAROLINA CHACON COSENTINO; GISLAINE BIAZATTI; MANOEL POMBO; EDUARDO KANAAN; MARCOS FILGUEIRAS; LÍCIA LEMGRUBER COELHO PORTO

 

RESUMO

OBJECTIVES: Transvaginal NOTES is a new diagnostic and potentially therapeutic method of surgical endoscopy, and clinical experience is still limited. A new Transvaginal Access Platform was specially designed for natural orifice surgery in our Institution. A preliminary clinical experience with a new vaginal port for NOTES transvaginal cholecystectomy is described, ia a series of 23 patients. METHODS: IRB approval was obtained at the institution for transvaginal NOTES clinical trials. This technique of transvaginal NOTES cholecystectomy was clinically applied in 23 patients with symptomatic cholelithiasis. Transvaginal NOTES access was obtained with an open posterior colpotomy after CO2 insufflation. The Double Channel Colonoscope FUJINON 440 was introduced in the abdominal cavity transvaginally through the vaginal access platform, allowing also the use of semiflexible instruments transvaginally for retraction and clipping. There was mainly endoscopic dissection. If laparoscopic assistance was used, the choice was umbilical punctures for use of 3mm laparoscopic equipment. The posterior colpotomy was closed with chromic sutures. RESULTS: Operative time ranged from 50 to 260 minutes. Operative bleeding was a mean of less than 50ml. Intraabdominal pressure ranged from 6 to 14mmHg. There was a need for laparoscopic trocar in 12 patients for retraction, insuflation or ligature. The patients recovered well postoperatively, oral intake has began on the next day. Postoperative complications were limited to minor ones, related to vaginal discomfort. CONCLUSIONS: Tranvaginal NOTES is a feasible and safe alternative method for cholecystectomy using the new access device in this preliminary clinical experience. Although available technology is still limited for natural orifice surgery, laparoscopic assistance is desirable for safer and faster procedures.


Apresentação: Tema e Vídeo livre

257 - NOTES RETROPERITONEOSCOPY FOR ADRENAL AND RENAL SURGERY

GISLAINE BIAZATTI; DIANA BRAZIELLAS JUSTINIANO; RICARDO ZORRON; FANG H; LACERDA A; SOLDAN M

 

RESUMO

OBJECTIVES: Retroperitoneal and transabdominal laparoscopic access to retroperitoneal organs became the golden standard for treatment of adrenal and renal disease. The possibilities of a NOTES-oriented access to diagnose and perform retroperitoneal surgery are developing in our Institution, allowing a less invasive approach. METHODS: The technique using percutaneous flexible surgical endoscopy are applied to perform retroperitoneal access and approaching to adrenal glands and kidneys, allowing resection, diagnosis and biopsy, based on experimental background in NOTES. The video shows technical solutions for reducing difficulties for retroperitoneal percutaneous access, including developing for multitalented overtubes, practical endo-loops and lower costs for advanced procedures. The methods utilized on the animals of the study conform to the July 2000 revision of Guiding Principles in the Care and Use of Animals (American Physiological Society), and animals were sacrificed at the end of the study. RESULTS: Inicial experience with flexible endoscopic retroperitoneal surgery in a porcine model showed feasibility of the access, but adequate instruments and more standard procedures are to be developed. The procedures as retroperitoneoscopy, adrenalectomy, and renal biopsy and resection were performed using available flexible instruments. Learning curve for the techniques described may took longer than with standard technologies. CONCLUSIONS: Available flexible endoscopic technology allows limited retroperitoneal therapeutic procedures. The concept of Retroperitoneal NOTES techniques are feasible, and available, but more studies are needed to justify its spreading use and to etablish its therapeutic indications in clinical practice.