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Especialista alerta que verão será mais chuvoso e proliferação do Aedes Aegypti tende a crescer

02/01/2017

O alerta de que cidadãos fluminenses podem enfrentar uma epidemia de chicungunha neste verão foi dado por Alberto Chebabo, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro e médico do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos principais veículos de comunicação do Rio. Ele destacou que, apesar da dengue e a zika preocuparem, o risco de uma explosão de casos de chicungunha é maior.

- Por ser uma enfermidade relativamente nova, que vem descendo do Nordeste para o Rio, a população está mais suscetível a uma explosão de casos. Se o verão for mesmo mais chuvoso, como os meteorologistas estão prevendo, teremos uma grande possibilidade de o estado enfrentar uma epidemia - afirmou o especialista.

Chebabo já havia levantado essa hipótese no inverno, após analisar dados sobre a doença que a Secretaria Estadual de Saúde apresentou no meio do ano. Ele explicou que, na época, o estado registrava um número de notificações maior que o esperado para a estação mais fria do ano, quando a incidência costuma cair bastante.

Chebabo lembrou ainda que, no levantamento realizado em julho deste ano, vários municípios tinham áreas de infestação do Aedes Aegypti em nível de alerta ou de risco, conforme o Boletim Epidemiológico 02/2016 da Secretaria Estadual de Saúde do Rio:

- Se as medidas de combate não forem realizadas adequadamente, teremos um aumento de áreas com infestação elevada em vários municípios, o que eleva o risco de epidemias de arboviroses.

O papel da Secretaria Estadual de Saúde no combate às zoonoses é dar suporte para ações de órgãos municipais. De acordo com Chebabo, em várias cidades, esse apoio é fundamental para a realização de campanhas de combate ao Aedes Aegypti.

- Devido à crise econômica do estado, que reduziu verbas para as ações de saúde e combate ao vetor, é esperada uma maior dificuldade de algumas prefeituras para um combate efetivo ao mosquito transmissor. Assim, é provável que aumente a quantidade de áreas críticas em várias cidades fluminenses – alertou Chebabo.

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